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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, por 11 votos a 2, nesta terça-feira (24), processo que pedia a cassação do deputado Abilio Brunini (PL-MT) por suposta transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), em reunião da CPI do 8 de Janeiro.
Brunini foi alvo de uma representação do PSOL, no fim de agosto, que alegava que ele quebrou o decoro parlamentar durante um bate-boca na CPI, em julho. Na ocasião, Erika Hilton afirmou que Abilio Brunini buscava “atrapalhar” e “causar tumulto” no colegiado. Na sequência, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou que Brunini “fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando”.
O relator do processo, o deputado Heitor Freire (PSL-CE), votou pelo arquivamento do caso, argumentando que não havia provas suficientes para a cassação de Brunini. Ele afirmou que não ouviu as partes envolvidas antes de votar, para evitar que sua decisão fosse influenciada. Erika Hilton não compareceu à sessão, e Abilio Brunini negou ter ofendido a deputada.
O Conselho de Ética também arquivou, por 10 votos a 3, representação do PSOL contra o deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS). O partido alegava que Zucco adotou postura misógina, sendo “conivente” com deputados de direita e “ameaçador” com deputadas de esquerda. O relator do processo, deputado João Leão (PP-BA), votou pelo arquivamento do caso, argumentando que não havia justa causa nas acusações.