Política

Lula: Brics deve atuar para acabar com a guerra e garantir Estado palestino

(Crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta terça-feira (21) de uma reunião extraordinária e virtual do bloco do Brics para discutir a situação na Faixa de Gaza. Durante seu discurso, o líder brasileiro defendeu a viabilidade de um Estado palestino e afirmou que “inocentes estão pagando o preço pela insanidade da guerra”.

O Brics é composto pelos países Brasil, Índia, China, África do Sul e Rússia. Além dos membros do bloco, participaram da reunião representantes de Etiópia, Emirados Árabes, Irã, Egito e Argentina, países que devem integrar o grupo a partir de 2024.

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“Estamos diante de uma catástrofe humanitária. A guerra tem causado um elevado número de mortos, sobretudo mulheres, crianças e idosos. Mais de 12 mil pessoas foram mortas, sendo cinco mil crianças. Isso nos causa grande consternação”, declarou Lula.

O petista avaliou que o Brics deve atuar sobre dois temas envolvendo o conflito: evitar o alastramento da guerra para países vizinhos e garantir o reconhecimento de um Estado palestino. Segundo Lula, a nova configuração do Brics, com a inclusão de novos membros, “é valiosa e imprescindível” para a autocontenção e des-escalada da guerra.

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Em discurso, o presidente do Brasil declarou, ao concordar com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, que Gaza está se tornando um cemitério de crianças. “Além disso, ao menos 1,6 milhão de pessoas — cerca de 70% da população de Gaza — tiveram de abandonar suas casas, sem perspectiva de retorno”, pontuou.

Lula também afirmou que o conflito na região “decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino”. O petista declarou que é fundamental acompanhar a situação na Cisjordânia com atenção, “onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino”.

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“O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e Palestina”, disse Lula.

Durante o discurso, Lula reforçou que causa perplexidade que mais de 100 funcionários da Organização das Nações Unidas tenham morrido no conflito na Faixa de Gaza, iniciado em 7 de outubro, após a invasão do grupo terrorista Hamas ao território israelense.

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Lula ainda disse que quando o Brasil presidiu o Conselho de Segurança em outubro, o país não poupou esforços “em favor do tratamento da emergência humanitária, da contenção da atual escalada e da retomada de uma solução duradoura para o conflito”. Na época, a resolução brasileira foi vetada pelos Estados Unidos.

“Propusemos uma Resolução que contou com o apoio da maioria dos membros, mas que infelizmente foi objeto de veto de um dos membros permanentes. A paralisia do Conselho é mais uma demonstração da urgência da sua reforma”, declarou.

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Em 15 de novembro, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução de Malta, que foca na proteção de crianças. “Neste momento, o desafio é fazer com que a trégua humanitária determinada pela Resolução seja implementada imediatamente. Novamente, a credibilidade das Nações Unidas está em jogo”, afirmou.

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