Política

PCC monitorou residências de Pacheco e Lira por três meses

Foto: Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O Primeiro Comando da Capital (PCC) monitorou as residências oficiais dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante pelo menos três meses, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP). A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção nesta quinta-feira (14). A informação consta em um relatório de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Fotos das duas casas foram encontradas em celulares apreendidos pela investigação. Um relatório de inteligência do MPSP apontou que o grupo montou uma operação, batizada de “Missão Brasília”, para levantar endereços dos políticos, vigiar horários e até mesmo o número de seguranças nas residências de Pacheco e Lira.

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Nas anotações constam que, de maio a julho deste ano, a facção gastou cerca de R$ 2,5 mil por mês com o aluguel de uma casa na capital federal. O local serviu de base para os criminosos. A organização também teria gastado R$ 4 mil com transportes por aplicativo, durante 15 dias, para “correr atrás de terreno para compra”, além de R$ 44 mil em gastos como compra de aparelhos celulares, seguro, IPTU, alimentação, mobília e compra de eletroeletrônicos.

O promotor do MPSP, Lincoln Gakiya, reuniu-se com a cúpula do Sistema Penitenciário Federal em Brasília na sexta-feira (8). O encontro foi na Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta é responsável pelos cinco presídios federais do Brasil, que abrigam as lideranças da facção paulista. Gakiya é apontado como um dos alvos antigos da facção paulista por atuar no combate ao crime organizado.

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Um documento em nome do secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, foi enviado para agentes que trabalham nos cinco presídios federais do Brasil, com atenção especial para as penitenciárias de Brasília e de Campo Grande (MS). O ofício informou sobre as ameaças de facções criminosas contra agentes e planos de resgate de lideranças criminosas, como Marcola. O documento falava para que todos “redobrem a atenção” e “não baixem a guarda”. O presídio de Brasília também teve reforço de 50 policiais.

A PF cumpriu nesta quinta-feira três mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra integrantes da célula “Sintonia Restrita”, do PCC, que é responsável pela “missão Brasília” apontada pelas autoridades. Os alvos são suspeitos de planejar ataques contra autoridades e instituições públicas.

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