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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é consensual dentro do PT para a disputa eleitoral de 2026. No entanto, Haddad alertou para a necessidade de preparação do partido para essa transição, considerando que o cenário se colocará nas eleições seguintes.
“Existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira (2/1).
Embora acredite na reeleição do atual presidente, Haddad ressaltou a importância de pensar no futuro.
“O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta. Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after. Eu não participo das reuniões internas sobre isso. Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso”, acrescentou.
Sobre as críticas recebidas dentro do PT, o Ministro da Fazenda destacou que o partido não pode celebrar os resultados econômicos e simultaneamente considerar que está tudo errado.
“É curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: ‘A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ E o Haddad é um austericida. Então, ou está tudo errado ou está tudo certo. Tem uma questão que precisa ser resolvida, que não sou eu que preciso resolver”, afirmou.
“Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala ‘está tudo errado, tem que mudar tudo’. Alguma coisa precisa ser pensada a respeito, mas não tenho problema com isso”, completou.