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A Polícia Federal (PF) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter encontrado uma “montagem surreal” no celular apreendido com o empresário acusado de “agredir” a família do ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em um aeroporto na Itália.
Na imagem obtida pela PF, “o presidente da República e a primeira-dama seguravam uma coisa”, com “corpo e feição infantis”, e a “cabeça de um rato”, descreveu o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki ao ministro do STF, Dias Toffoli, relator do caso na Suprema Corte brasileira.
“Em 07/07/2023, Roberto Mantovani Filho compartilhou pelo aplicativo WhatsApp com diversos contatos uma imagem com uma montagem surreal”, escreveu Sakaki ao anexar o meme no relatório da PF.
Outros conteúdos no celular de Mantovani também foram destacados no documento produzido pela Polícia Federal.
“A primeira-dama do RS é macho, o governador é v!@d0, o presidente é ladrão”, dizia trecho da legenda de uma foto que registrava o encontro do governador do RS, Eduardo Leite e de seu companheiro, o médico Thalis Bolzan, com Lula e de Janja.
“Não é possível determinar se o texto foi escrito por Roberto e colocado junto à citada fotografia ou se ele recebeu a imagem, já com o texto (homofóbico e injurioso), e apenas repassou da forma que recebeu”, diz o relatório da PF ao STF.
O relatório da Polícia Federal buscava traçar um perfil de Mantovani por meio de seu comportamento nas redes sociais.
Segundo a PF, os conteúdos no celular do empresário seriam de teor “homofóbico, misógino e com injúrias”.