Política

Ex-chefe da Aeronáutica diz à PF que comandante do Exército ameaçou prender Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, ameaçou prender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caso o então chefe do Executivo tentasse um golpe de Estado no Brasil.

A afirmação foi feita pelo ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, em depoimento à Polícia Federal (PF).

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“Depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns institutos previsto na Constituição (GLO ou estado de defesa ou estado de sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que, caso tentasse tal ato, teria que prender o presidente da República”, afirmou o ex-comandante da Aeronáutica.

Ainda de acordo com Baptista Júnior, tanto ele próprio quanto Freire Gomes teriam se posicionado contra um eventual golpe de Estado.

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Segundo ele, o então chefe da Marinha, Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição para discutir a chamada “minuta do golpe”.

Baptista Junior afirmou ainda à Polícia Federal que Freire Gomes tentou convencer Bolsonaro a não aplicar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o estado de sítio e o estado de defesa.

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De acordo com o ex-chefe da Aeronáutica, ele mesmo avisou diretamente Bolsonaro que não compactuaria com o rompimento da democracia.

“Em outra reunião dos comandantes das Forças com o então Presidente da República, o depoente deixou evidente a Jair Bolsonaro que não haveria qualquer hipótese do então presidente permanecer no poder após o término do seu mandato. Que deixou claro ao então presidente Jair Bolsonaro que não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional para mantê-lo no poder”, diz o relatório da PF sobre o depoimento de Baptista Júnior.

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De acordo com Júnior, Bolsonaro teria ficado “assustado” quando foi informado de que não contaria com a adesão da Aeronáutica nem do Exército.

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