Política

Ciro Nogueira critica depoimentos de militares sobre suposto plano de golpe de Bolsonaro: ‘Criminosos ou caluniadores?’

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Nesta segunda-feira (18), o senador Ciro Nogueira (PP-PB) utilizou uma rede social para criticar os militares que, em depoimento à Polícia Federal (PF), denunciaram um suposto plano de golpe de Estado articulado pelo círculo próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.

Nogueira, que é presidente do PP e ex-ministro da Casa Civil durante a gestão Bolsonaro, publicou em sua conta no X (antigo Twitter), afirmando que os militares que prestaram depoimento à PF cometeram prevaricação.

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Embora não tenha mencionado explicitamente nenhum militar pelo nome, a publicação faz alusão aos depoimentos de Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, ambos ocuparam seus cargos durante o governo Bolsonaro.

Eis o ‘textão’ de Ciro Nogueira:

Quer dizer que agora um Chefe, dois Chefes (?) de Forças Militares testemunham um Golpe de Estado e não fizeram nada? O General da ativa mais importante do país na ocasião que ouviu uma ameaça grave à Democracia é o mesmo que agora bate no ex-Comandante em Chefe que perdeu as eleições da mesma forma que bateria continência para o mesmo Comandante em Chefe, caso ele tivesse sido reeleito? É possível acreditar em quem bateria continência para o vencedor com a mesma firmeza com que bate em retirada do derrotado? Está absolutamente provado que há um CRIMINOSO INCONTESTE. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o “golpe” ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido. O General mais importante do país, tão cioso da Democracia, em dezembro de 2022, sairia de qualquer reunião imprópria, denunciaria qualquer conluio e teria absoluto apoio da sociedade brasileira. Borrar-se agora porque não pode fazer as continências que faria é uma vergonha inominável. Todos os militares têm o dever de honrar sua farda. Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas.

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Segundo relatos prestados à Polícia Federal, Baptista Júnior afirmou que Freire Gomes teria ameaçado Bolsonaro com prisão caso o ex-presidente insistisse no plano golpista. Esta suposta ameaça teria ocorrido durante uma reunião no Palácio da Alvorada, na qual Bolsonaro teria apresentado aos comandantes das Forças Armadas uma minuta do que foi chamado de “plano de golpe”.

 

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Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou público parte dos depoimentos que compõem a investigação.

“Depois de o Presidente da República, JAIR BOLSONARO, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então Comandante do Exército, General FREIRE GOMES, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República”, diz trecho do depoimento de Baptista Júnior.

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