Política

Juíza cita decisão de Toffoli e arquiva inquérito contra Andrés Sanchez por caixa 2 da Odebrecht

Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

A juíza eleitoral Danyelle Galvão determinou o arquivamento do inquérito que investigava o ex-presidente do Corinthians e ex-deputado federal Andrés Sanchez (PT). A investigação teve origem em 2016, a partir das delações de executivos da empreiteira corrupta homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-parlamentar era investigado por suposto recebimento de caixa 2 da Odebrecht vinculado à construção da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na zona leste de São Paulo.

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Como Sanchez não tinha mandato à época dos fatos, o processo dele foi remetido para a Justiça Federal em SP e, por fim, à Justiça Eleitoral, para apurar a acusação de caixa 2 na campanha de 2014.

Ao arquivar o inquérito contra Sanchez, a juíza eleitoral citou a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, que tornou, em setembro do ano passado, as provas obtidas por meio do acordo de leniência da Odebrecht “imprestáveis”.

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“A consequência da r. decisão, emanada do âmbito do E. Supremo Tribunal Federal, portanto soberana, é a completa anulação do conjunto probatório que serve de esteio para a pretensão acusatória neste procedimento investigativo”, escreveu a juíza na decisão.

Antes de arquivar o inquérito contra o ex-diretor do Corinthians, Galvão havia aberto um prazo para a defesa de Andrés e para a Procuradoria Regional Eleitoral se manifestarem sobre a decisão de Toffoli.

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O Ministério Público (MPSP) reiterou em seu parecer um pedido para que os autos fossem encaminhados à Polícia Federal (PF), para que fossem reanalisados elementos de prova da investigação.

A defesa de Andrés argumentou que o inquérito deveria ser encerrado porque se enquadra na decisão de Toffoli.

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Segundo os advogados do ex-parlamentar, a anulação das provas da Odebrecht esvaziou o inquérito, que foi aberto com base em depoimentos de executivos da empreiteira e planilhas do departamento de propinas.

A Odebrecht afirmou em seu ‘acordo de delação’ ter pago R$ 3 milhões a Andrés Sanchez por meio de caixa 2, em 2014, ano em que o estádio do Corinthians foi inaugurado para a Copa do Mundo e em que ele se elegeu deputado pelo PT.

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Segundo os documentos, o valor foi entregue em parcelas para o ex-vice-presidente do clube, André Negão, que se tornaria assessor parlamentar de Sanchez e vice-presidente do Corinthians, no apartamento dele, no Tatuapé, bairro da zona leste de São Paulo. Ambos sempre negaram as acusações.

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