Política

CNBB defende manutenção de veto de Lula ao fim das ‘saidinhas’ e cita Papa Francisco: ‘Chama de esperança’

Foto: CNBB/Divulgação

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma declaração solicitando ao Congresso que preserve o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei (PL) que propõe o fim das autorizações temporárias de saída de detentos durante feriados e ocasiões festivas.

O veto de Lula vale apenas para criminosos que já estão em regime semiaberto, mantendo proibida a saidinha para condenados por crimes hediondos e violentos, como estupro, homicídio e tráfico de drogas.

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A legislação atual permite aos presos no semiaberto, que já cumpriram um sexto do total da pena e que têm bom comportamento, que deixem o presídio por 5 dias para visitar a família em feriados, estudar fora ou participar de atividades de ressocialização.

“A CNBB manifesta ao Congresso Nacional, em consonância com sua tradição explicitada na doutrina social da Igreja e com os objetivos do sistema penal brasileiro, que o veto parcial submetido aos parlamentares para avaliação seja mantido”, diz a nota divulgada pela confederação na terça-feira (23).

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Na nota, a CNBB lembra que “a Doutrina Social da Igreja reconhece a legitimidade do Estado para infligir as penas proporcionais à gravidade dos delitos. Ao lado dessa dimensão, o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora”.

“A legislação brasileira tem as mesmas premissas de reinserção gradual de nossas irmãs e irmãos na sociedade. As saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas”, diz a nota dos bispos.

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A mensagem da CNBB finaliza com uma citação do Papa Francisco: “Nunca sufoquem a pequena chama de esperança. Reavivar esta pequena chama é dever de todos. Cabe a toda a sociedade alimentá-lo, fazer de forma que a penalidade não comprometa o direito à esperança, que sejam garantidas perspectivas de reconciliação e de reintegração. Enquanto os erros do passado são remediados, não se pode cancelar a esperança no futuro”.

A parte da lei que foi vetada por Lula será reavaliada pelo Congresso Nacional, que poderá derrubar o veto do petista.

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