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Proposta pelo Brasil durante sua presidência no G20, que inclui as 19 maiores economias, além da União Europeia e da União Africana, a taxação global de 2% da renda dos super-ricos está ganhando apoio de diversos países em um curto período, afirmou nesta quinta-feira (23) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o petista, caso essa medida se torne realidade, representará um benefício sem precedentes para a humanidade.
“Estou impressionado com a rápida aceitação que essa proposta tem recebido. Países que talvez hesitassem em aderir a algo que poderia ser disruptivo já estão se manifestando a favor, incluindo nações do G7 e países europeus”, comentou o ministro. Ele fez essas observações durante o encerramento do Simpósio de Tributação Internacional do G20, realizado em Brasília de terça-feira (21) até hoje.
Haddad comparou a proposta brasileira a um tipo de terceiro pilar da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), instituição que estabelece metas para a economia e a administração pública e da qual o Brasil está buscando adesão.
Até agora, a OCDE conduziu duas fases de discussões sobre tributação internacional através da cooperação entre seus membros, sem impor obrigações.
O ministro explicou que o Brasil planeja expandir as conversas sobre esse tema, buscando envolver representantes políticos e acadêmicos de todo o mundo para aprimorar a proposta coletivamente.
“Dificilmente os debates realizados aqui serão esquecidos. Eles estão agora na agenda e continuarão. Quanto mais países e sociedade civil participarem, melhor será o resultado. Estamos desafiando o status quo, mas apresentando uma solução. Estamos questionando o estado atual das coisas, mas também oferecendo uma direção”, afirmou o ministro de Lula.