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Em discurso na quarta-feira (29), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) ingressada pelos partidos PSOL, PCdoB e Solidariedade, no Supremo Tribunal Federal (STF), para suspender todos os acordos de leniência celebrados no âmbito da Lava Jato.
De acordo com o senador, os partidos sustentam que os acordos foram obtidos sob coação e uso de prisões preventivas prolongadas.
Eduardo Girão destacou em sua fala que a Lava Jato resultou em 278 acordos de leniência homologados, o que gerou o compromisso de R$ 22 bilhões a serem devolvidos aos cofres públicos.
“Muito estranho que esses partidos de menor expressão política, os ditos “nanicos”, vão ao STF depois de tantos anos confrontar esses acordos, sendo que eles foram firmados, na enorme maioria das vezes, sob provas robustas e confissões de corruptos, todos do alto escalão na hierarquia de empresas corruptoras, como diretores, presidentes ou mesmo os donos das companhias. Cabe lembrar que muitos desses acordos foram feitos com informações e o aval dos órgãos de investigação internacionais, bem como com dados fornecidos por grandes instituições financeiras de países europeus, como a Suíça”, afirmou o parlamentar.