Durante a greve dos professores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com reitores de universidades e institutos federais para discutir questões orçamentárias dessas instituições na manhã desta segunda-feira (10). O encontro contará com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação) e Esther Dweck (Gestão).
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) também participará e buscará debater o aumento do orçamento das universidades.
Além disso, Lula apresentará o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para universidades e hospitais universitários, que prevê investimentos em infraestrutura, conforme mencionado pelos ministros da Educação e Gestão.
O governo petista enfrenta pressões devido à falta de ações, projetos e repasses para as instituições públicas de ensino superior.
Além do reajuste salarial e da reestruturação das carreiras dos docentes e técnicos-administrativos, os servidores demandam mais investimentos, alegando falta de recursos para pesquisa e manutenção dos campi.
Os reitores defendem que o financiamento para as universidades federais em 2024 seja de cerca de R$ 8,5 bilhões, um aumento de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em relação ao orçamento atual de R$ 6 bilhões.
Em maio deste ano, o Ministério da Educação (MEC) recompôs o orçamento das universidades públicas após solicitação da Andifes.
Devido a cortes na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 pelo Congresso Nacional, o orçamento das universidades foi reduzido para R$ 5,8 bilhões, abaixo do valor autorizado para 2023.
Confira os repasses para as universidades federais: 2023: R$ 6,2 bilhões e 2024: R$ 6 bilhões, após a recomposição de R$ 250 milhões, retornando a um patamar similar ao de 2023.
Até o momento, a maioria das universidades federais utilizou mais da metade do orçamento liberado para 2024. A presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão, expressa preocupação de que, nesse ritmo, as universidades não consigam encerrar o ano fiscal de 2024.
O governo federal busca resolver a greve dos professores universitários, que já dura mais de 50 dias, e dos técnicos-administrativos, que se aproxima dos 90 dias.