Política

Aliados de Janones mentiram em depoimento ao negar rachadinha, aponta Polícia Federal

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Aliados de André Janones mentiram em depoimentos nos quais buscaram negar a existência de rachadinha no gabinete do deputado federal. A informação consta em relatório da Coordenação de Inquéritos dos Tribunais Superiores da Polícia Federal (PF) e foi obtido pelo site Metrópoles.

Os investigadores da Polícia Federal apontam que depoentes “não falaram a verdade” e destacam “contradições” e “inconsistências” nas versões apresentadas.

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“É crucial considerar que todos os assessores investigados ainda mantêm vínculos com o deputado federal André Janones, dependendo de seus cargos ou para a sua sobrevivência política ou para a sua subsistência”, diz a PF.

De acordo com a Polícia Federal, as contradições foram detectadas, por exemplo, no depoimento de Alisson Camargos, que pretende se candidatar a vereador em Ituiutaba (MG) com o apoio de Janones.

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Segundo o portal, a PF mapeou que, quando assessor, Alisson Camargos fez saques mensais de R$ 4 mil, “justamente o valor que a investigação aponta que ele devolvia para o deputado federal André Janones”.

A Polícia Federal ainda diz que Alisson “se atrapalhou” ao tentar justificar as movimentações financeiras: “O declarante alegou ter o costume de realizar saques em espécie por não ser muito ligado a modernidades relacionadas a transferências eletrônicas”.

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O ex-assessor de André Janones argumentou ainda que usava o dinheiro em espécie para “pagar contas de energia, água, aluguel”. Questionado sobre por que não utilizava transferência bancária, Alisson disse “não se lembrar”.

Os investigadores da PF também salientaram o fato de Alisson não possuir o referido contrato de locação do imóvel em que morava. “Em cidade pequena não pactuam contratos. Tudo ocorre na confiança”, disse.

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No relatório obtido pelo portal, a Polícia Federal ainda destacou mais contradições de Alisson Camargos e de outros aliados de Janones. “Alisson afirmou que nunca devolveu dinheiro e que na época em que foi gravado [confirmando rachadinha] mentiu para que Fabrício, também assessor de Janones, não pedisse dinheiro emprestado.” Em seguida, investigadores apontam a inconsistência.

“Em um dos áudios, Alisson diz para Fabrício que já não devolvia mais dinheiro há quase dois meses. Ora, essa afirmação contradiz com a suposta utilização de uma desculpa para não emprestar dinheiro. Afinal, informar que não estava mais devolvendo abriria margem para que Fabrício pudesse pedir emprestado”, afirmou a PF no relatório.

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“Alisson também afirmou em Termo de Declarações que Fabrício o aconselhava a juntar dinheiro para a campanha e que passou a falar que fazia dois meses que não devolvia dinheiro para ‘mostrar que estava juntando dinheiro para campanha’, o que também é completamente contraditório com a versão dos pedidos de empréstimo”, pontuou a Polícia Federal.

Questionado pelos investigadores sobre a contradição, Alisson Camargos não conseguiu formular uma resposta e, demonstrando desconforto, limitou-se a dizer: “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”.

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A Polícia Federal também registrou inconsistência nos depoimentos de Kamila Carvalho e Jéssica de Souza, assessoras de Janones. A PF também destacou que tanto Kamila quanto Mario Celestino Junior, também assessor de Janones, “não falaram a verdade” em seus depoimentos.

Isso porque ambos argumentaram, de acordo com a PF, que Janones pediu que o dinheiro devolvido fosse usado para financiar campanha eleitoral, e não para reconstruir patrimônio.

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No relatório, a Polícia Federal pontuou que, no áudio da gravação da reunião, Janones claramente solicita a devolução dos salários para “reconstruir seu patrimônio”, que teria sido “dilapidado”.

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