Política

Apex acusa pai de Cid de cometer desvios e defender ‘pauta golpista’

Foto: Roberto Oliveira/Alesp; Reprodução

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Uma apuração interna da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) revelou a existência de delitos e graves desvios de conduta durante a gestão do general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no escritório de representação em Miami (EUA).

Em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (12), a ApexBrasil informou que encaminhou o caso à Justiça, investigando negociações de joias e presentes de Estado em solo americano, também objeto de inquérito que envolve Bolsonaro e ex-assessores.

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Segundo a Apex, Mauro Lourena Cid fez uso indevido da estrutura do escritório em Miami, incluindo afastamento das funções e defesa de ‘pautas golpistas’ enquanto gerente geral.

A investigação apontou que ele atuou como suporte na negociação desses bens, mesmo após sua demissão em 3 de janeiro de 2023.

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A apuração revelou ainda que, mesmo após deixar o cargo, Lourena utilizou o celular funcional para compartilhar fotos de joias e objetos de arte ligados ao ex-presidente, além de resistir à devolução do equipamento à ApexBrasil, apagando dados de forma irregular. O passaporte oficial com visto de trabalho, vinculado à ApexBrasil, também não foi devolvido, enquanto o general continuava a frequentar a sede do escritório nas semanas seguintes à sua demissão.

A ApexBrasil relatou que o general Lorena Cid, então gerente geral do escritório em Miami, afirmava aos funcionários sua convicção de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tomaria posse, planejando continuar à frente do escritório, em uma época marcada por tensões institucionais que culminaram na tentativa golpista de janeiro de 2023.

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