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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), revelou nesta segunda-feira (15/7) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lhe concedeu o “direito” de escolher ou tentar escolher seu sucessor no comando da Casa. A transição de liderança está prevista para fevereiro de 2025.
“Minha conversa com o presidente Lula sempre foi muito clara. Em todas as nossas conversas, ele afirmou que eu teria o direito de escolher ou tentar escolher meu sucessor, da mesma forma que ele pretende fazer o seu quando deixar a Presidência. Portanto, é um direito de quem está no comando”, afirmou Lira em entrevista à CNN Brasil.
Lira ressaltou, no entanto, que há diversos fatores de influência e que um dos acordos estabelecidos com Lula é de manter uma estabilidade política sem mudanças abruptas.
“Obviamente há muitos fatores envolvidos. Estamos falando de diálogo, de escolhas, mas sem vetos. Os compromissos que fizemos com o presidente Lula incluem garantir estabilidade econômica, evitar pautas que possam causar perturbação econômica, manter consistência política e não deixar de tomar posições”, argumentou o presidente da Câmara.
O deputado alagoano também destacou a necessidade de tempo para a articulação política das candidaturas no Congresso, indicando que as discussões devem convergir para o apoio a um único nome.
“Já estive nessa posição, e é importante que todos tenham a oportunidade de dialogar e debater. Em agosto, esperamos que as coisas se consolidem para obter o apoio do centro, da direita e da esquerda”, afirmou Lira.
Lira ainda indicou que pretende oficializar seu candidato à sucessão em agosto, o que deverá intensificar a disputa. Atualmente, os nomes mais cotados são Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil; Antônio Brito (BA), líder do PSD; e Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos. Também são mencionados como possíveis candidatos Isnaldo Bulhões Jr. (AL), líder do MSB, e Dr. Luizinho (RJ), líder do PP.