Política

Ex-presidente do BC de Lula, Henrique Meirelles defende lei de autonomia financeira do banco

Foto: Agência Brasil

Em entrevista ao Jornal da CBN, Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central (2003-2010) e ex-ministro da Fazenda, defendeu a PEC 65/2023, que cria uma autonomia financeira do Banco Central. A proposta está prevista para ser votada na CCJ do Senado Federal nesta quarta-feira (17).

De acordo com Meirelles, o Banco Central está defasado em muitos projetos devido à falta de autonomia financeira. O ex-ministro destaca a extrema importância da medida, pois a instituição fincanceira enfrenta problemas como a falta de funcionários para a execução e atualização de projetos importantes.

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“O Banco Central hoje está com falta de funcionários, quer dizer, na medida em que os salários estão defasados e mesmo o número de funcionários está diminuindo, porque tem muitos funcionários ou se aposentando ou procurando remuneração melhor no setor privado, saindo do Banco Central. Portanto, o Banco Central está com deficiência de quadros. Isso faz com que muita coisa comece a ficar atrasada nos projetos importantes para o Banco Central. Ou seja, na parte técnica, para embasamento das decisões do banco e do concorrente, etc”, afirmou Meirelles.

O ex-presidente do BC durante o 1º Governo Lula (2003-2011) também comentou sobre os atritos entre Lula e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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De acordo com Meirelles, a implicância de Lula com Campos Neto é pontual, mas ele reconhece que a falta de confiança entre as partes contribui para um ambiente tenso.

Meirelles ainda salientou que, durante seu mandato, a relação com Lula era de total acordo e confiança, evitando esse tipo de conflito.

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“Olha, eu acredito que seja pontual, porque existe, exato, uma questão aí do presidente da República com o presidente do Banco Central”, explicitou o ex-ministro. “Eu fui oito anos presidente do Banco Central sem a independência legal, sem qualquer diploma legal que me desse mandato, permanência, garantia, etc. Então, eu poderia ser demitido em tese e na prática, na realidade, a qualquer momento pelo presidente da República. E exerci, em total acordo com o presidente Lula, uma independência operacional, sem haver o diploma legal para isso. Agora, o problema é que não se pode ficar dependente da estatura de quem é o presidente do Banco Central ou também de quem é o presidente da República. Naquela época funcionou por questões particulares. Existia total confiança”, completou Meirelles.

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