Política

‘As pessoas devem voltar a não aceitar brincadeirinha nem de negro, nem de gordo, nem de imigrante, nem de mulher, nem piada homofóbica’, afirma ministra de Lula

Tomaz Silva/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (02), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou que o combate ao feminicídio no Brasil exige não apenas políticas públicas, mas também uma mudança de comportamento social.

Gonçalves destacou a necessidade de enfrentar discursos e piadas machistas como parte desse processo.

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Durante um café da manhã com jornalistas, a ministra comentou sobre recentes gafes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fizeram declarações controversas sobre mulheres em discursos públicos.

Em julho, Lula chamou de “inacreditável” o aumento da violência contra as mulheres após jogos de futebol, mas minimizou a questão dizendo que “se o cara é corinthiano, tudo bem”, durante uma reunião no Palácio do Planalto.

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Além disso, cerca de um mês antes, o presidente fez comentários inadequados para uma mulher de 25 anos, mãe de três filhos, sugerindo que ela deveria parar de ter mais crianças durante um evento de entrega de obras do programa Minha Casa Minha Vida.

Na conversa, Gonçalves afirmou que pretende conversar com o presidente, assim que encontrá-lo, para lembrar que “piadinha, nem o presidente da República”, afirmou.

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“A pessoa decide fazer uma piadinha porque acha que com essa piadinha melhora as coisas, né? Diminui o impacto da notícia do que você está dando. Aí o que eu tenho dito é, que piadinha nem o presidente da República. Não dá para aceitar piadinha de nada nem de ninguém”, disse a ministra de Lula.

“Eu vou falar para ele, quando eu encontrar com ele – acho que a [primeira-dama] Janja já falou, e muitas mulheres também devem ter falado – mas nós precisamos fazer uma mudança de comportamento e de cultura, das formas com que nós trabalhamos e pensamos”, completou Gonçalves.

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Segundo a ministra, as pessoas devem voltar a “não aceitar brincadeirinha nem de negro, nem de gordo, nem de imigrante, nem de mulher, nem piada homofóbica”.

“A gente precisa começar a ideia de construir uma mobilização pelo feminicídio zero, tem que começar inclusive aí, a prevenção passa por aí. Não faça piada com aquilo. Eu acho que é um processo que a gente vai ter que reconstruir no nosso país, vai ter que reconstruir com nossos homens e com as nossas lideranças”, completou.

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