Política

“Baixar os juros é uma briga nossa eterna neste país”, diz Lula

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a alta taxa de juros no Brasil em um discurso realizado nesta quarta-feira (14/8). Durante o evento Diálogos Capitais, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lula descreveu a questão como uma “briga eterna” no país.

“Baixar os juros é uma briga nossa eterna neste país. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir”, afirmou o presidente. Ele comparou a situação com o Japão, que possui taxa de juros zero há anos, mas enfrenta estagnação econômica: “O Japão tem juro zero, e a economia do Japão não cresce há quantos anos? O que é importante é a circulação de dinheiro.”

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A crítica de Lula ocorre em um momento em que o Banco Central (BC) mantém uma política de juros elevados. Na ata da última reunião de política monetária, os diretores do BC destacaram que não hesitarão em aumentar a taxa de juros para garantir que a inflação se mantenha dentro da meta estabelecida.

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem enfrentado críticas constantes de Lula devido à manutenção da taxa Selic em 10,5%. Nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa foi mantida, em meio a incertezas internacionais e preocupações com a inflação.

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Lula também está se preparando para indicar o próximo presidente do Banco Central. O nome mais cotado é o de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do banco e indicado pelo próprio Lula. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a indicação deve ser feita “nas próximas semanas”.

Nesta terça-feira (13), Haddad afirmou que a indicação do novo presidente do Banco Central já está em pauta para o presidente Lula. Ele mencionou que Lula discutirá com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a sabatina do indicado, considerando o calendário eleitoral.

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Haddad explicou que Lula deseja garantir que o nome a ser indicado possa ser sabatinado antes das eleições municipais. Questionado sobre quem será o indicado, Haddad ressaltou que o anúncio é uma atribuição exclusiva do presidente Lula e que a data da sabatina e a divulgação do nome dependerão da conversa entre Pacheco e Lula. Ele acredita que essa conversa deve ocorrer nas próximas semanas.

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