Política

Lula diz que não pode reconhecer vitória de Maduro ou da oposição venezuelana por falta de “dados”

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em entrevista à Rádio T nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não pode reconhecer vitória do ditador socialista Nicolás Maduro ou da oposição venezuelana por falta de “dados”.

Lula sugeriu uma possível convocação de novas eleições “com olheiros do mundo inteiro”.

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Os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela confirmaram a vitória de Maduro, com 51,95% dos votos, para um 3º mandato em 2025-2031. Porém, dados da oposição mostram uma vitória estrondosa de Edmundo González.

O petista disse que “não quer se comportar de forma apaixonada ou precipitada” sobre resultados das eleições na Venezuela. E que Maduro está devendo uma explicação para o Brasil e para o mundo.

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Na entrevista, Lula reforçou que “ainda não reconhece” a vitória de Maduro nas eleições.

“Não é fácil e não é bom que um presidente da República de um país fique dando palpite sobre a política de um presidente de outro país. Eu mantenho relações com a Venezuela desde quando tomei posse em 2002, tive muita relação com o [Hugo] Chavéz […]. E essa relação ficou deteriorada porque a situação política lá está ficando deteriorada na Venezuela”, afirmou Lula.

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“Conversei com o Maduro antes das eleições, agora não conversei, mas dizendo para o Maduro que a transparência e a legitimidade do resultado é o que iria permitir que a gente continuasse brigando para que fossem suspensas as sanções contra a Venezuela”, prosseguiu o petista.

Lula reforçou na entrevista a importância de apresentação das atas com o resultado das eleições. Segundo ele, o governo brasileiro quer que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela diga publicamente quem ganhou as eleições.

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Questionado se reconhece Maduro como presidente eleito, Lula informou que “ainda não”.

De acordo com Lula, o ditador socialista “sabe que ele está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”.

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“Ontem eu tive uma reunião com o presidente da Colômbia, anteontem eu tive uma reunião com a Colômbia e com o México, para ver se encontrava uma saída. Tem que apresentar os dados, agora, os dados têm que ser apresentados por algo confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele não mandou para o Conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele. Eu posso julgar a Justiça de outro país”, afirmou Lula.

O petista ainda disse que ligará para Maduro, mas informou a data. “Fazer um governo de coalizão, convoca a oposição. Muita gente que está no meu governo não votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo […]”, sugeriu Lula.

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“Eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, eu quero resultado”, completou.

“Eu quero o resultado, se tiver, vamos tratar. O Maduro ainda tem seis meses de mandato, só termina ano que vem. Se ele tiver bom senso, ele poderia fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário, que participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições”, prosseguiu Lula.

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