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Na sequência, o petista comentou que hoje foi “um dia especial” porque ele foi recebido no aeroporto de Curitiba por uma senhora que era “secretária” do delegado da Polícia Federal (PF) quando ele ficou preso na carceragem da Superintendência da corporação na cidade e “dava um jeito” de fazer chegar na sua cela pedaços de bolos feitos por sua mãe.
“Eu ia fazer uma visita na cela que eu fiquei preso, eu só não vou hoje porque a Janja não está comigo, ela queria ir comigo, e a Neudinha, que é uma das companheiras que organizava a vigília também não pôde vir. E eu vou querer visitar a cela onde eu estive preso, porque eu acho que eu não vou esquecer os 580 dias…”, comentou Lula.
“Você não esquece nunca, as coisas boas e as coisas ruins que te fizeram. As coisas ruins você pode perdoar a pessoa, você pode não guardar mágoa, você pode revelar”, acrescentou o presidente petista.
Na entrevista, Lula então disse que o encontro com a funcionária, que de acordo com ele trabalhava em uma empresa terceirizada, foi “uma coisa muito emocionante”.
“Foi uma bênção de Deus eu encontrar uma companheira que foi solidária, gentil, educada comigo, quando nem todo mundo queria ser educado ou gentil comigo. Então isso demonstra que a gente não pode acreditar que tem ser humano 100% ruim ou 100% bom. Todo mundo tem seus defeitos e suas virtudes. Então uma mulher que trabalhava na Polícia Federal, de uma empresa terceirizada, que tinha coragem de cuidar com carinho de um cara que tava preso, que foi trazido para o Paraná como se fosse o maior bandido da história desse país, sabe? Então obviamente que eu fiquei emocionado”, concluiu.