Política

Senado Aprova Lei que Obriga Ensino sobre Mulheres Históricas em Escolas

Jonas Pereira/Agência Senado

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Nesta terça-feira (10), o plenário do Senado aprovou um projeto de lei que exige a inclusão de mulheres notáveis na ciência, nas artes, na economia, na política e na cultura nos currículos das escolas públicas e privadas. A proposta, que abrange instituições de ensino fundamental e médio, também estabelece a criação da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História. O projeto agora segue para sanção presidencial.

O projeto, de autoria da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), visa ampliar o ensino sobre as conquistas e contribuições das mulheres em diversas áreas. As escolas serão obrigadas a incluir no currículo informações sobre mulheres que desempenharam papéis importantes na ciência, arte, cultura, economia e política, além dos conteúdos já existentes.

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A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do projeto no Senado, apresentou um parecer favorável destacando a importância da iniciativa. Em seu relatório, Soraya ressalta que estereótipos de gênero frequentemente associam talento e genialidade mais aos homens do que às mulheres, o que afeta a percepção das meninas sobre suas próprias capacidades.

“A presença desses estereótipos influencia as decisões das meninas desde cedo, desencorajando-as de se interessar por determinadas áreas, o que resulta em baixa representação feminina em campos de alta notoriedade”, afirma Soraya.

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Ela também observa que as mulheres muitas vezes são marginalizadas e sub-representadas na história, com suas contribuições frequentemente ignoradas. “Muitas descobertas atribuídas a homens na verdade tiveram a participação de mulheres cujos nomes foram sistematicamente omitidos”, destaca a senadora.

Dados da Unesco mostram que as mulheres representam menos de 34% dos pesquisadores globalmente, e no Brasil, apenas 12% estão presentes nas academias científicas. Na área de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, as mulheres representam apenas 35% dos alunos mundialmente e 31% no Brasil.

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