Política

Datena não vê efeito de cadeirada em Marçal em pesquisa: ‘Deplorável, mas não vi outra forma’

Foto: Reprodução

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Nesta quarta-feira (18), o apresentador José Luiz Datena (PSDB) afirmou que o episódio em que deu uma cadeirada no empresário Pablo Marçal (PRTB) foi “deplorável”, mas não viu “outra forma” de interromper as provocações que estava sofrendo no debate da TV Cultura.

A fala foi feita durante sabatina com os candidatos à prefeitura de São Paulo (SP) realizada pelos jornais O GLOBO e Valor e pela rádio CBN.

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“É claro que aquele episódio foi triste. Eu fiquei muito machucado, mas desde criancinha meu pai me ensinou que eu deveria defender a minha honra e da minha família. Meu jeito foi realmente deplorável, não gostei do que fiz, mas não vi outra forma de parar com aqueles ataques mentirosos e, infelizmente, tomei aquela decisão, que não foi correta”, disse Datena.

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O ex-apresentador tucano afirmou não acreditar que a oscilação positiva que teve na pesquisa Quaest divulgada hoje tenha relação com a cadeirada: “O fato de eu ter crescido dois pontos, evidentemente que não foi por causa dessa exposição. Claro que não. Deve ter sido pelo meu desempenho que tem melhorado para tentar passar as propostas da equipe de trabalho que nos auxilia e faz essa campanha ser um pouco mais leve, porque eu ainda não sei falar o politiquês”.

No debate da TV Cultura, no domingo, Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeirada ao ser chamado de “arregão”. O apresentador declarou depois que repetiria o gesto e alegou “legítima defesa da honra” por conta das provocações envolvendo um processo de assédio sexual de uma ex-funcionária da TV Bandeirantes, posteriormente arquivado. O Ministério Público Eleitoral investiga o caso.

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Ao ser questionado sobre a tese de legítima defesa, que foi explorada pela campanha em inserção de rádio, o jornalista disse que não ouviu a sua própria propaganda eleitoral. Mas afirmou que daria a cadeirada de novo “se fosse atacado daquela forma” e que o caso o tocou porque já teve um familiar vítima de estupro.

“Eu não vi a propaganda, não vejo e não vou ver. Nada justifica uma agressão física. O (Wálter) Maierovitch disse que ali foi legítima defesa”, disse Datena, mencionando artigo do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo publicado no UOL.

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Já sobre a acusação de assédio sexual, Datena afirmou que o processo seria contra TV Band, disse desconhecer detalhes da negociação e pontuou que na época não se “insurgiu” contra a vítima.

“Sempre tratei essa moça com o devido respeito, em hipótese nenhuma a ataquei. Eu fui atacado de todas as formas possíveis e imagináveis. Foi quase uma Escola Base, mas eu deixei pra lá porque ela registrou em cartório esse pedido de desculpas. Se foi pressionada ou não por mim, de jeito nenhum”, afirmou Datena.

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Ele continuou afirmando que jamais tentou se defender descredenciando a vítima e que o relacionamento era esporádico e respeitoso durante o período em que trabalharam juntos.

Na sequência, o tucano foi indagado sobre o fato de a tese da “legítima defesa da honra” já ter sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso de feminicídios.

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O candidato alegou que o argumento é “apenas a tese que será defendida na Justiça” e que não está dizendo que a maneira como agiu está correta.

“No caso das mulheres, a legítima defesa da honra é uma aberração. Até eu mesmo condeno a atitude que eu tive, mas faria do mesmo jeito se fosse atacado daquela forma”, afirmou Datena.

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Consultando suas anotações, Datena atribuiu a retórica de Pablo Marçal a uma “tentativa de rasgar a democracia” e chamou o adversário de “candidato insalubre e que deixa tóxico o debate”.

O tucano declarou ainda que não sabe se existem condições de reverter a sua rejeição, a mais alta de todos, com 62% na Quaest.

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“Isso precisa ser estudado. Eu, sinceramente, não sei como reverter isso e vou fazer o máximo para tentar reverter, mas é estranho também que a rejeição continue alta com metade dos votos que eu tive na primeira pesquisa”, afirmou Datena.

O apresentador ainda chamou o empresário de “falso profeta”, pontuando que ele estaria “fora da régua” e não seria uma “pessoa adequada para debater”.

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“Ele não está na minha classificação de cadeia biológica, ele não cabe nessa classificação de jeito nenhum porque o que ele faz é extremamente ruim, ele diz que controla a mente das pessoas, como controlar a mente das pessoas. Se um cara te ofende violentamente em todos os sentidos, é claro que você reage, isso não é controlar ninguém. Eu não sou nenhum valentão, como estão colocando por aí”, afirmou Datena.

O tucano também afirmou que Pablo Marçal vai “pagar” pela acusações feitas contra ele: “Vai pagar na Justiça, caro, mas muito caro. Ele não sabe o que é estupro, eu sei, porque teve gente na minha família que foi atacada por violentador”.

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Questionado se ainda tem esperança de estar no 2º turno, Datena disse que é um “cara pragmático” e tem consciência de que é difícil avançar na disputa com os resultados atuais das pesquisas de intenção de voto.

“É impossível? Claro que não é, é possível. Estou animado, continuo animado e vou até o fim”, disse Datena.

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A 1ª pesquisa eleitoral a medir o efeito da cadeirada e de outros episódios recentes saiu nesta quarta-feira (18): levantamento da Quaest mostrou que Datena oscilou positivamente, de 8% para 10%, em um intervalo de uma semana, enquanto Marçal perdeu pontos, dentro da margem de erro, de 23% para 20%.

O empresário aparece tecnicamente empatado na liderança com Ricardo Nunes (MDB), 24%, e Guilherme Boulos (PSOL), 23%, enquanto Datena abre o segundo pelotão, junto com Tabata Amaral (PSB), 7%.

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