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Menos de duas semanas após a demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, devido a acusações de assédio moral e sexual que tornaram sua permanência no Governo Lula insustentável, um assessor da pasta também foi afastado em meio a denúncias de assédio moral.
Nesta quinta-feira (19), o Diário Oficial da União (DOU) anunciou a exoneração de Claudio Augusto Vieira da Silva do cargo de secretário nacional de Defesa da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC).
As denúncias contra Claudio Augusto chegaram à ministra Esther Dweck, que assumiu interinamente o Ministério dos Direitos Humanos após a saída de Almeida, de acordo com o site Metrópoles.
Servidores relataram práticas de assédio moral sistematizado na secretaria sob a liderança de Claudio Augusto.
A denúncia, enviada a Dweck e reportada pelo site BdF, afirma que um guia elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU) descreveu 34 exemplos de condutas de assédio moral, dos quais 14 foram atribuídos sistematicamente ao comportamento do ex-secretário em relação a diversos funcionários da Secretaria Nacional de Defesa da Criança e do Adolescente (SNDCA).
A demissão de Silvio Almeida ocorreu no dia 6 de setembro, após denúncias de assédio sexual feitas ao movimento Me Too Brasil. A ministra da Igualdade Racial do governo Lula, Anielle Franco, foi mencionada como uma das vítimas do suposto assédio do ex-ministro.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a decisão de demitir Almeida foi tomada por Lula, considerando a gravidade das acusações de assédio sexual e a insustentabilidade de sua permanência no cargo.
Atualmente, a pasta dos Direitos Humanos e Cidadania é liderada pela ministra Macaé Evaristo, que assumiu após a saída de Almeida.