Política

Comissão da Câmara aprova depoimento de Filipe Martins sobre prisão decretada por Moraes

Foto: Divulgação

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A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um requerimento para ouvir Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão de Martins ocorreu durante uma operação que investigava uma suposta organização criminosa acusada de tentar manter Bolsonaro no poder por meio de uma tentativa de golpe de Estado.

O convite para que Martins fosse ouvido partiu do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que justificou a solicitação argumentando que a prisão do ex-assessor estaria relacionada a “inconsistências nos registros de imigração nos Estados Unidos”. Segundo o parlamentar, essas questões precisam ser esclarecidas pela comissão. “As inconsistências nos registros de imigração nos Estados Unidos no caso de Filipe Martins levantam o questionamento sobre a segurança e integridade do processo de entrada de estrangeiros no país e dos agentes de fronteira americanos, o que pode vir a fragilizar e desgastar as relações com o Brasil”, afirmou Van Hattem.

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Após sua prisão, Filipe Martins apresentou ao ministro Alexandre de Moraes faturas de cartão de crédito com despesas realizadas em aplicativos no Brasil, como Uber e iFood, além de seu passaporte e certidões emitidas por autoridades responsáveis pela segurança nas fronteiras dos EUA. Ele também contestou um comprovante obtido pela Polícia Federal no site do U.S. Customs and Border Protection (CBP), que indicava sua entrada em Orlando, nos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022.

Moraes havia ordenado a prisão de Martins, entre outras razões, porque o nome do ex-assessor constava nos registros de entrada nos Estados Unidos junto à comitiva de Bolsonaro, que se refugiou em Orlando após sua derrota nas eleições. No entanto, o nome de Martins não aparecia nos registros de retorno ao Brasil, o que levantou suspeitas. Posteriormente, os advogados de Martins provaram que ele não havia viajado para os Estados Unidos, mas sim para Curitiba (PR), o que levou à revogação de sua prisão por parte de Moraes.

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