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As eleições de 2024 marcaram um desempenho significativamente baixo do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo (SP), seu principal reduto político. O resultado foi inferior ao das eleições de 2016 e 2020, períodos críticos para o partido de esquerda, logo após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nesta eleição, o PT elegeu prefeitos em apenas quatro cidades paulistas: Mauá, Matão, Santa Lúcia e Lucianópolis. Juntas, essas localidades somam uma população de aproximadamente 507 mil habitantes, representando apenas 1,1% dos 44 milhões de habitantes do estado.
Em 2020, o partido conquistou prefeituras de quatro cidades de porte médio: Mauá, Diadema, Araraquara e Matão, que, juntas, possuem cerca de 1,2 milhão de habitantes. Já em 2016, o PT venceu em oito municípios paulistas, enquanto, em 2012, obteve seu melhor resultado histórico, elegendo 72 prefeitos, incluindo Fernando Haddad na capital.
Além da expressiva diminuição na população governada, o PT enfrentou derrotas significativas em cidades estratégicas. Edinho Silva, que foi prefeito de Araraquara por dois mandatos, não conseguiu eleger sua sucessora, Eliana Honain (PT), que foi derrotada por Dr. Lapena (PL), apoiado por Jair Bolsonaro.
Araraquara, tradicionalmente uma base petista em uma região conservadora, registrou essa mudança de cenário.
Em Diadema, outro reduto histórico do partido, o então prefeito Fillipi não conseguiu a reeleição, sendo superado por Taka Yamauchi (MDB), aliado de Ricardo Nunes e de Tarcísio de Freitas.
Lideranças petistas atribuíram essa derrota ao apoio significativo que Tarcísio dedicou a essa disputa.
O PT também teve baixa votação e ficou fora do segundo turno em cidades onde tradicionalmente apresentava bom desempenho, como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo, o que pode comprometer futuras ambições eleitorais de seus candidatos em disputas legislativas.
Na região metropolitana de São Paulo, a única cidade conquistada pelo partido foi Mauá. Em 2008, o PT havia vencido em 11 municípios da região, incluindo Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo e Diadema, o que evidencia uma trajetória de perda de espaço ao longo dos anos.