Política

Dallagnol: ‘Dirceu livre e blindado pelo STF, enquanto condenados pelo 8 de Janeiro seguem presos’

José Cruz/Agência Brasil

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O ex-deputado federal Deltan Dallagnol criticou duramente nesta terça-feira (29) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que anulou todas as condenações de José Dirceu na Lava Jato, assim como os atos processuais assinados pelo ex-juiz Sergio Moro relacionados ao caso.

De acordo com Dallagnol, com a anulação, José Dirceu “deixa de ser ficha-suja” e já pode planejar uma candidatura a deputado federal pelo PT nas eleições de 2026. O ex-ministro já manifestou essa intenção.

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O ex-procurador da República também destacou o contraste nas decisões do STF, ao lembrar que a cabeleireira Débora Rodrigues e o ex-policial Marco Alexandre seguem presos por suposta participação nos atos do 8 de Janeiro, apesar de, segundo ele, não haver provas suficientes contra ambos.

CONFIRA A DECLARAÇÃO COMPLETA DE DALLAGNOL:

“O ministro Gilmar Mendes, sempre ele, anulou todas as condenações de José Dirceu na Lava Jato, além de todos os atos processuais assinados pelo ex-juiz Sergio Moro em relação a Dirceu.

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Com isso, Dirceu deixa de ser ficha-suja e já pode voltar a se candidatar a deputado federal pelo PT em 2026, como o próprio Dirceu já deixou claro ser seu plano em várias entrevistas.

Dirceu tinha uma condenação pendente por ter recebido propina da empreiteira Engevix no esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Lava Jato. A pena, definida pelo STJ em 2022, era de 27 anos de prisão. Dirceu está, agora, livre, leve e solto.

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Enquanto Dirceu retoma seus direitos políticos e é blindado por Gilmar Mendes, a cabeleireira Debora Rodrigues, mãe de duas crianças pequenas, segue presa por ordem de Alexandre de Moraes, que considera que ela tentou dar um golpe de Estado ao escrever “Perdeu, mané” com batom na estátua do Supremo. Debora tem direito a responder em liberdade por ter filhos pequenos, como reconhecido pelo próprio Supremo, mas segue presa há mais de um ano.

Além de Debora, o ex-policial e motorista de Uber Marco Alexandre também está preso, sem provas e sem denúncia (o que é ilegal), há mais de 18 meses por suposta participação nos atos do 8 de janeiro. Marco sequer viu a filha mais nova nascer e foi encaminhado à ala psiquiátrica da Papuda depois de apresentar sintomas de esquizofrenia, condição que nunca teve antes.

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Graças ao STF, o projeto de “recivilizar” o Brasil está indo de vento em popa”.

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