Política

Na ONU, Governo Lula cobra que EUA retirem embargo econômico a Cuba

Foto: Pedro França/Agência Senado

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discursou nesta terça-feira (29) na sede da ONU, em Nova York, onde cobrou dos Estados Unidos a retirada do embargo econômico imposto a Cuba. A fala ocorre em meio a uma “grande preocupação” do Brasil com a situação no país caribenho, que enfrenta uma crise energética agravada pela passagem do furacão Oscar.

O fenômeno deixou ao menos seis mortos, causou apagões em todo o território e provocou extensos danos estruturais, como o desabamento de telhados, paredes, postes e árvores.

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De acordo com Mauro Vieira, o embargo e a inclusão de Cuba na lista de “Estados patrocinadores do terrorismo” têm exacerbado as dificuldades locais, impedindo uma resposta adequada à crise humanitária gerada pelo furacão.

Vieira destacou que as sanções aplicadas pelos EUA penalizam de forma injusta a população cubana, restringindo até o comércio de alimentos, com exceção de ajuda humanitária, e impondo sanções a empresas, tanto americanas quanto internacionais, que mantenham relações com Cuba.

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O chanceler brasileiro ressaltou que a posição brasileira é a favor da reconsideração dessa política e pediu que os EUA eliminem as sanções, retirem Cuba da lista dos Estados patrocinadores do terrorismo e promovam um diálogo construtivo baseado no respeito mútuo e na não interferência.

Ontem, o chanceler brasileiro havia se reunido com o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, para discutir a situação.

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O embargo dos EUA a Cuba, vigente desde a década de 1960, foi reforçado por leis de 1992 e 1996 que proíbem transações comerciais com o país, exceto em casos de ajuda humanitária, sujeitando empresas nacionais e estrangeiras a punições.

Em 2021, durante o governo de Donald Trump, Cuba foi reinserida na lista de países patrocinadores de terrorismo, após decisão justificada pelo então secretário de Estado, Mike Pompeo, que alegou o apoio de Cuba ao ditador venezuelano Nicolás Maduro e a proteção de fugitivos dos EUA e da Colômbia.

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