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Em entrevista ao site Metrópoles, o prefeito reeleito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), afirmou na terça-feira (29) que não fará “distinção ideológica” ao selecionar os nomes que farão parte do seu novo mandato.
“Se o perfil do nome for adequado para as políticas públicas necessárias, não farei distinção ideológica. Todos esses nomes, como o Aldo, que fez um bom trabalho enquanto esteve aqui, e a Soninha, que também é uma boa secretária, contribuíram de forma relevante”, afirmou Nunes ao ser questionado se o novo governo dele seria “mais à direita”.
“Lógico que, numa nova gestão, haverá mudanças em algumas posições e pastas para atender a novas metas, mas isso não será motivo de exclusão. Em 2022, o presidente Lula já demonstrou seu posicionamento ao apoiar o Boulos, retirando-o da disputa para governador e lançando-o como candidato a prefeito. Ou seja, já estava claro que tanto Lula quanto Boulos se posicionariam contra minha candidatura”.
“Meu posicionamento sempre foi de centro, com convergências em pautas que o presidente Bolsonaro defendia, como o livre comércio, a posição contra a liberação das drogas e o aborto. Sempre mantive minhas convicções”.
“No contexto eleitoral, vi que a união do centro com a direita venceria a esquerda, então, estrategicamente, essa foi a escolha. Se o PL tivesse lançado um candidato, poderia ter sido desfavorável. Pablo Marçal [PRTB] entrou na disputa, mas, com sua arrogância e falta de equilíbrio acabou não chegando ao segundo turno. Foi dentro desse cenário, que começou em 2022, que montamos nossa estratégia para 2024”.
Na entrevista, Ricardo Nunes também disse que seu governo não será alinhado ao bolsonarismo: “Não, vou continuar do mesmo jeito. Fiz questão de dizer no meu discurso que governarei para todos. Carrego isso comigo e seguirei aplicando em uma cidade deste tamanho, onde é essencial agir com equilíbrio e responsabilidade”.