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Perto de deixar o cargo em 2021, o então presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, decidiu arquivar todos os pedidos de impeachment que estavam à sua mesa contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, ele também arquivou pedidos contra Augusto Aras, então procurador-geral da República.
Pedidos de abertura de processo que podem redundar em impeachment de ministros do STF ou do PGR são apresentados no Senado Federal, enquanto ações do mesmo tipo contra o presidente da República ou contra ministros de Estado são feitas à Câmara dos Deputados.
Os arquivamentos em série promovidos por Alcolumbre no dia 22 de dezembro, último do ano legislativo de 2020. Eram 36 denúncias contra os magistrados e duas contra o PGR.
A maioria dos pedidos foi apresentada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo muitos parlamentares que integravam a base governista.
Na época, o principal alvo dos pedidos foi Alexandre de Moraes (17), que conduz diversos inquéritos contra Bolsonaro e seus apoiadores.
Ontem, 30 de outubro de 2024, o PL, que é a 2ª maior bancada partidária e o atual partido de Bolsonaro, declarou apoio a Alcolumbre para presidir novamente o Senado Federal. Segundo o líder da Oposição no Congresso, Rogério Marinho (PL-RN), que fez o anúncio, a sigla vai conversar com Alcolumbre “para definir os espaços que o PL vai ocupar e as agendas que serão implementadas“.
Marinho disse ainda que o apoio a Alcolumbre não está condicionado ao compromisso de votar o PL 2.858 de 2022, que propõe anistiar todos que tenham participado dos atos do 8 de Janeiro.