Política

Bolsonaro: ‘Sou candidato à Presidência até que a minha morte política seja anunciada para valer’

Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Em entrevista ao site Metrópoles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na terça-feira (12) que, apesar de estar inelegível até 2030, seguirá como candidato à Presidência da República até que sua “morte política seja anunciada para valer”.

Bolsonaro afirmou na entrevista estar convicto de que “não errou” nos dois episódios que resultaram em sua inelegibilidade: a reunião com embaixadores, na qual criticou as urnas eletrônicas, e sua participação na manifestação de 7 de Setembro de 2022.

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“A resposta é a mesma: essa partícula ‘se, caso, talvez’ não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mal assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, disse Bolsonaro.

Na entrevista, o ex-presidente expressou confiança de que conseguirá reverter sua inelegibilidade, seja na Justiça ou por meio do Congresso Nacional, onde seus aliados também buscam viabilizar um projeto nesse sentido.

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Segundo Bolsonaro, sua esperança no Legislativo está vinculada aos “ventos da democracia”, que, conforme ele, estariam soprando em direção à direita ao redor do mundo, como na Argentina e nos Estados Unidos.

Bolsonaro demonstrou apostar na ajuda de Trump para conseguir ser candidato em 2026. Para o ex-presidente, Trump vai “investir” no Brasil porque sabe da influência do país na América do Sul.

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O ex-presidente alegou que Trump está preocupado com o avanço da esquerda na América Latina e afirmou que a “grande arma” de Trump no Brasil será a defesa da liberdade de expressão.

Apesar disso, Bolsonaro reconheceu não ter “tanta liberdade” para dialogar diretamente com Trump. No entanto, destacou que seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tem liderado as conversas com o republicano.

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“Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele, apesar de conhecer alguns assessores, que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil, pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa aqui, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia, para a liberdade, toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante ao nosso. Que, através da liberdade expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha”, afirmou o ex-presidente.

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