Política

Mauro Cid vai prestar novo depoimento à PF

(Agência Câmara)

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O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro, prestará novo depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima terça-feira (19), em Brasília. Cid firmou um acordo de colaboração premiada após sua prisão no inquérito que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19.

Além do caso das vacinas, ele tem cooperado com a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado orquestrada no alto escalão do Governo Bolsonaro e também está implicado no suposto esquema de venda de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.

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O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou à Agência Brasil no domingo (17) que não há preocupação por parte da defesa quanto a uma possível reavaliação do acordo de colaboração. Segundo ele, é comum que novas informações surjam durante o andamento do inquérito e que a polícia busque novamente os investigados.

No entanto, caso a Polícia Federal conclua que Mauro Cid não cumpriu com as obrigações do acordo, ele poderá ser alvo de um pedido de rescisão da colaboração. Embora a delação não seja anulada, isso resultaria no cancelamento dos benefícios do acordo, como o direito de permanecer em liberdade.

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Cid foi preso em 3 de maio de 2023, durante a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsificados de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Ele permaneceu detido em um batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, até 9 de setembro, quando firmou a colaboração premiada com a PF e foi liberado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

As investigações apontam que Bolsonaro e membros de seu governo, incluindo ministros e militares, teriam supostamente formulado uma minuta com o objetivo de adotar medidas contra o Poder Judiciário, como a prisão de ministros da Suprema Corte. 

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Mensagens encontradas no celular de Cid indicam que, apesar de relatórios e reuniões que confirmaram a segurança das urnas eletrônicas, a elaboração da “minuta do golpe” continuou.

Em março deste ano, Cid foi preso novamente por descumprir medidas cautelares e por obstrução de Justiça. Na ocasião, vazaram áudios em que ele criticava a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos, e alegava ter sido pressionado pela PF a delatar eventos dos quais não tinha conhecimento ou que não haviam ocorrido.

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Cid foi libertado novamente em maio, por meio de uma decisão de liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que também decidiu manter a validade do acordo de delação após a confirmação das informações fornecidas pelo militar durante a audiência em que foi preso.

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