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O laboratório alemão BioNTech, sócio da Pfizer, espera ter em duas semanas, no mais tardar, os primeiros resultados dos estudos que vão determinar se a nova variante da Covid-19 detectada na África do Sul é capaz de escapar da proteção da vacina.
“Iniciamos de maneira imediata estudos sobre a variante B.1.1.529, que difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike, característica do vírus Sars-Cov-2”, afirmou um porta-voz do laboratório à AFP.
“Pfizer e BioNTech se prepararam há vários meses para ajustar sua vacina em menos de seis semanas e entregar as primeiras doses em 100 dias no caso de uma variante resistente”, completou.
A nova cepa tem mutações do vírus inicial com potencial para torná-la mais transmissível a ponto de deixá-lo dominante: foi o caso da variante Delta, registrada primeiramente na Índia, que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), reduziu a eficácia das vacinas em termos de transmissão do vírus para 40%.
Neste momento, os cientistas sul-africanos não têm certeza da eficácia das vacinas anti-Covid existentes contra a nova forma do vírus.
A variante foi detectada nos últimos dois dias, com o aumento de infecções nas cidades de Pretória e Joanesburgo, capital e centro econômico da África do Sul. Já foram registrados casos na África do Sul, Hong Kong, Israel e Botsuana.
A OMS e cientistas sul-africanos se reúnem nesta sexta-feira para discutir medidas que evitem o espelhamento da cepa pelo mundo. Reino Unido, Itália, França, Israel e Singapura já estão restringindo voos da África do Sul e de países vizinhos.