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A farmacêutica Moderna anunciou nesta quinta-feira, 27, que as primeiras doses da vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) começaram a ser aplicadas no grupo de 56 voluntários da fase 1 de testes.
O desenvolvimento do imunizante está sendo realizado em parceria com a Iniciativa Internacional para a Vacina da Aids (Iavi) e as aplicações estão sendo feitas em quatro centros nos Estados Unidos.
Conforme a nota oficial, os testes serão de três tipos: 48 participantes – todos sadios e negativos para o HIV – receberão uma ou duas doses da vacina mRNA-1244. Destes, 32 receberão uma dose extra com uma versão reforçada da fórmula, a mRNA-1644v2-Core. Oito voluntários receberão apenas essa variação mais reforçada.
As mudanças são para analisar a segurança das fórmulas no corpo humano em maior ou menor quantidade e também se a resposta imunológica está dentro das expectativas dos cientistas. Os participantes serão monitorados por seis meses após a fase 1.
“Nós estamos muito empolgados em avançar nessa direção da vacina contra o HIV com a plataforma de RNA mensageiro da Moderna. A pesquisa para uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para fazer um rápido e urgentemente necessário progresso, com uma vacina efetiva”, disse o presidente e CEO da Iavi, Mark Feinberg, em nota oficial.
Já o presidente da Moderna, Stephen Hoge, afirmou que a empresa “tem muita satisfação em ser parceira da Iavi e da Fundação Bill & Melinda Gates para usar a nossa tecnologia de mRNA contra o HIV”.
A tecnologia de RNA mensageiro vem sendo estudada desde o início da década de 1990, mas só foi aplicada pela primeira vez em vacinas na pandemia de Covid-19. O salto no desenvolvimento se deu por conta dos investimentos bilionários feitos por diversos governos. Além da Moderna, a plataforma também é usada pela Pfizer/BioNTech.
A Moderna havia anunciado os testes em agosto do ano passado, com início em novembro, mas não houve explicações do que causou o atraso na inicialização da fase de testes.
*Com informações de Agência ANSA