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A Organização Mundial da Saúde convocou uma reunião de emergência nesta quinta-feira (23) para avaliar se o surto crescente de varíola dos macacos merece ser declarado uma emergência global.
Declarar que a varíola é uma emergência global significaria que a agência de saúde da ONU considera o surto um “evento extraordinário” e que a doença corre o risco de se espalhar ainda mais fronteiras, possivelmente exigindo uma resposta global. Também daria à varíola dos macacos a mesma distinção que a pandemia de COVID-19 e o esforço contínuo para erradicar a pólio.
A OMS disse que não espera anunciar nenhuma decisão tomada por seu comitê de emergência antes de sexta-feira (24).
Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a recente epidemia de varíola dos macacos identificada em mais de 40 países, principalmente na Europa, como “incomum e preocupante”. Monkeypox afeta pessoas há décadas na África Central e Ocidental, onde uma versão da doença mata até 10% das pessoas infectadas. A versão da doença vista na Europa e em outros lugares geralmente tem uma taxa de mortalidade inferior a 1% e nenhuma morte fora da África foi relatada até agora.
“Se a OMS estava realmente preocupada com a propagação da varíola, eles poderiam ter convocado seu comitê de emergência anos atrás, quando ressurgiu na Nigéria em 2017, e ninguém sabia por que de repente tivemos centenas de casos”, disse Oyewale Tomori, virologista nigeriano que atua em vários Grupos consultivos da OMS ao jornal CBS NEWS. “É um pouco curioso que a OMS só tenha chamado seus especialistas quando a doença apareceu em países brancos”, disse ele.
O Ministério da Saúde notificou mais dois novos casos de varíola dos macacos no país, totalizando 11 confirmações da doença. As novas detecções de contaminados pelo vírus monkeypox foram feitas pelo Laboratório Adolf Lutz em São Paulo por meio do método de isolamento viral.
Os dois pacientes são brasileiros, do sexo masculino, têm entre 36 e 38 anos, são residentes no estado de São Paulo e com histórico de viagem para a Europa. Os dois apresentam quadro clínico estável, não tem complicações e estão sendo monitorados pelas Secretarias de Saúde do estado e do município.