Os pacientes que relataram fumar cigarro ou vaping antes da hospitalização por COVID-19 eram mais propensos a sofrer complicações graves, incluindo morte, do que os não fumantes, de acordo com um novo estudo .
“Em geral, as pessoas que fumam ou vape tendem a ter uma maior prevalência de outras condições de saúde e fatores de risco que podem desempenhar um papel na forma como são afetadas pelo COVID-19”, disse o autor sênior do estudo, Aruni Bhatnagar , em um comunicado à imprensa .
“No entanto, o aumento robusto e significativo no risco de COVID-19 grave visto em nosso estudo, independente do histórico médico e do uso de medicamentos e particularmente entre indivíduos jovens, ressalta a necessidade urgente de amplas intervenções de saúde pública, como campanhas antitabagismo e maior acesso à terapia de cessação, especialmente na era da COVID”, acrescentou Bhatnagar.
Para o estudo, os pesquisadores usaram dados de adultos americanos de 107 hospitais em todo o país que foram hospitalizados com COVID-19 entre janeiro de 2020 e março de 2021 do Registro de DCV COVID-19 da American Heart Association. Os resultados do estudo foram independentes de idade, sexo, raça ou histórico médico.
O status de fumante, que não distinguia entre vaping e cigarros tradicionais, foi auto-relatado. A análise final do pesquisador de mais de 4.000 pessoas consistiu em uma proporção de 1 para 2 pessoas que fumavam e aquelas que não fumavam.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas que relataram fumar tinham 45% mais chances de morrer e 39% mais chances de serem colocadas em ventiladores quando comparadas a não fumantes. Além disso, o tabagismo foi associado a um maior fator de risco de morte em pessoas entre 18 e 59 anos de idade e aquelas que eram brancas ou obesas.
Mais de 160 hospitais forneceram dados de mais de 79.000 registros de pacientes entre 2020 e junho de 2022 para o registro da AHA.