Saúde

Cientistas chineses criam porcos geneticamente modificados com ‘qualidades desejáveis’

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Pesquisadores da China dizem que técnica própria pode ser usada para se criar porcos com “qualidades desejáveis”, como carne mais magra e adequação para doação de órgãos a humanos.

Cientistas chineses dizem que combinaram edição de genes e engenharia de embriões em um método seguro e eficaz de modificação de DNA de animais domesticados.

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Os pesquisadores criaram um grupo de porcos editados por genes que são imunes a uma doença viral suína cujos sintomas são semelhantes aos da AIDS.

A técnica pode ser aplicada para promover outras características desejáveis ​​nos animais, como carne mais magra e adequação para doação de órgãos a humanos, de acordo com a equipe científica, liderada por Hua Jinlian e Wei Hongjiang.

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O processo combina edição de genes e engenharia de embriões e fornece uma estratégia segura e eficaz para modificação genética de animais domesticados, escreveram eles, segundo informações do South China Morning Post.

Hua e Wei descobriram uma nova maneira de prevenir a infecção que causa a doença da orelha azul, que pode suprimir o sistema imunológico de suínos e tem alta taxa de mortalidade.

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A doença é disseminada e considerada uma das mais caras que afetam a suinocultura. Segundo estimativas, 75% dos rebanhos nos EUA e 80% na China carregam o vírus.

Os cientistas encontraram o fragmento do gene que se liga ao vírus. Em seguida, eles usaram uma enzima para cortar o ponto correspondente no DNA de embriões de porco, resultando em leitões com imunidade ao vírus.

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A equipe também cortou genes de crescimento muscular para produzir porcos com carne mais magra.

“Quando a tecnologia estiver totalmente desenvolvida, os pesquisadores poderão implementar outras modificações, como melhorar o metabolismo dos porcos para eliminar ou reduzir o cheiro das fezes, produzir porcos de estimação menores e criar doadores adequados a transplante de órgãos”, acrescentaram os pesquisadores.

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A China é o maior consumidor de carne suína do mundo, alimentando-se de cerca de 700 milhões de suínos por ano. A pesquisa da equipe pode levar a mais desenvolvimentos na criação de porcos domesticados com múltiplas modificações genéticas a um custo menor.

*Com informações de Sputnik Brasil

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