Saúde

Microplásticos em carnes, peixes e tofu: estudo alerta para a saúde humana

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Um novo estudo conduzido pela organização sem fins lucrativos Ocean Conservancy revelou que a grande maioria dos alimentos ricos em proteínas nos Estados Unidos, como carne e peixe, está contaminada por partículas de microplástico. Os pesquisadores descobriram que cerca de 88% das amostras de proteínas analisadas continham essas partículas, indicando uma presença generalizada desses contaminantes na cadeia alimentar.

Os testes foram realizados em 16 tipos diferentes de alimentos, incluindo carne bovina, frango, frutos do mar, porco, tofu e produtos alimentícios vegetais. Partículas de microplástico foram encontradas em todas as variantes alimentares analisadas. O estudo, realizado em colaboração com a Universidade de Toronto, também estabeleceu que a exposição máxima que os adultos nos Estados Unidos poderiam enfrentar devido ao consumo dessas proteínas é de aproximadamente 3,8 milhões de microplásticos por ano, enquanto a exposição média ultrapassaria 11.000 microplásticos anualmente.

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“Os produtos altamente processados continham a maior quantidade de microplásticos por grama”, concluiu o estudo, citado pela FOX News.

Os microplásticos são fragmentos de plástico que medem menos de cinco milímetros, enquanto as nanopartículas de plástico são ainda menores, medindo menos de 1 micrômetro (μm). Das amostras examinadas, aproximadamente 44% dos microplásticos encontrados estavam na forma de fibras, e um terço adicional estava na forma de fragmentos de plástico. Os métodos de detecção utilizados no estudo tinham uma limitação, permitindo apenas a identificação de partículas de microplástico de 45 μm ou maiores, o que implica que o número real de partículas poderia ser ainda maior.

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A prevalência de microplásticos no sistema alimentar humano pode estar subestimada, pois os resultados se limitam a partículas de microplástico maiores que 45 micrômetros, excluindo a presença de nanoplásticos e microplásticos menores. Os pesquisadores alertam para possíveis riscos à saúde, pois partículas menores que 150 micrômetros têm a capacidade de atravessar o epitélio intestinal humano, causando exposição sistêmica.

Apesar de ampliar a compreensão da presença de microplásticos no sistema alimentar humano, o estudo destaca limitações em relação à metodologia, não detectando partículas de microplástico provenientes da degradação de recipientes plásticos, que geralmente ficam na faixa de 5 a 20 micrômetros. Ainda, o número limitado de amostras por produto e a alta variabilidade nas concentrações de microplásticos podem ter impactado a capacidade de identificar diferenças significativas entre marcas e tipos de produtos.

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