Saúde

Inflamação no cérebro pode levar ao declínio cognitivo, diz estudo

(Imagem ilustrativa Gazeta Brasil)

O envelhecimento é um processo natural e progressivo que ocorre ao longo da vida. Com o tempo, o organismo acumula danos moleculares e celulares, o que leva a uma redução de capacidades e a um maior risco de doença e, em última instância, à morte.

Um estudo recente realizado em animais, publicado na revista especializada Nature, sugere que o envelhecimento cognitivo também pode estar relacionado à inflamação no cérebro.

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A pesquisa analisou o impacto da via cGAS-STING, que faz parte do sistema imunológico inato e sua ativação é crucial para a defesa contra infecções e na resposta a danos no DNA, em processos associados ao envelhecimento, especialmente inflamação e neurodegeneração.

Os resultados mostraram que a ativação persistente da via cGAS-STING resulta na produção de citocinas inflamatórias e outros mediadores que favorecem estados inflamatórios crônicos. Esse problema persiste no cérebro, podendo danificar as células nervosas e alterar a comunicação entre elas, o que leva a um declínio cognitivo.

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Além disso, o estudo descobriu uma acumulação de cGAMP, o segundo mensageiro na via cGAS-STING, no líquido cefalorraquidiano dos animais, sugerindo uma ativação elevada dessa via durante o envelhecimento. Isso também foi associado a sinais de neurodegeneração e perfis de expressão gênica alterados, semelhantes aos observados em condições neurodegenerativas humanas.

Os autores observaram que bloquear a sinalização cGAS-STING em modelos animais reduziu a inflamação cerebral, apontando para essa via como um alvo terapêutico promissor para tratar ou prevenir a neurodegeneração relacionada ao envelhecimento.

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A pesquisa sugere que intervenções direcionadas à via cGAS-STING poderiam ser benéficas para moderar a inflamação e proteger contra a degeneração cognitiva no envelhecimento. A compreensão dessas dinâmicas pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes idosos.

Este estudo contribui para a literatura científica, oferecendo uma perspectiva mais clara sobre como a ativação crônica de vias imunológicas no cérebro pode ser um fator contribuinte no declínio cognitivo associado à idade e destaca a necessidade de continuar a pesquisa na área para desenvolver estratégias de prevenção e tratamento com base nesses achados.

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A meta final seria mitigar os efeitos do envelhecimento no cérebro, preservando a função cognitiva e retardando ou evitando o aparecimento de doenças neurodegenerativas.

Antecedentes:

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Um estudo semelhante foi publicado pela revista Cell, apresentando uma análise detalhada das alterações moleculares e espaciais que ocorrem no cérebro de animais durante o processo de envelhecimento, utilizando técnicas de alta resolução a nível celular.

Esse enfoque permitiu compreender como o envelhecimento afeta a comunicação celular e a arquitetura geral do tecido cerebral, algo que poderia ter implicações diretas na funcionalidade do órgão e, consequentemente, no comportamento e nas capacidades cognitivas dos organismos.

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Este estudo fornece um conhecimento valioso sobre os processos moleculares e celulares envolvidos no envelhecimento cerebral, abrindo portas para novas pesquisas que podem levar ao desenvolvimento de terapias direcionadas a combater as consequências desse problema, potencialmente melhorando a saúde e a qualidade de vida da população idosa.

O que é o declínio cognitivo?

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De acordo com a Mayo Clinic, o declínio cognitivo é um estado intermediário entre o declínio cognitivo normal da idade e a demência. Inclui problemas mnemônicos, de linguagem e de julgamento. Muitas vezes, tanto quem o experimenta quanto seu entorno estão cientes dessas mudanças, embora não impeçam a realização de atividades cotidianas. Embora possa aumentar o risco de demência ou Alzheimer, nem todos experimentam piora.

Da mesma forma, isso pode se manifestar em esquecimentos frequentes, dificuldade em acompanhar conversas, dificuldade em tomar decisões ou seguir instruções e problemas de orientação em lugares familiares.

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