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Embora as proteínas sejam cruciais para a construção muscular, a ingestão excessiva de alimentos ricos em proteínas pode apresentar um efeito colateral negativo: a diminuição do fluxo sanguíneo arterial. A afirmação é baseada em um estudo da Universidade de Pitsburgo (EUA), publicado na última segunda-feira (19) na revista Nature Metabolism.
Segundo o estudo americano, a cultura da academia estimula o consumo excessivo de proteínas. No entanto, se alguém que não se exercita exagera, a proteína cria placas que se acumulam nas paredes das artérias.
O grupo de cardiologistas que fez o estudo realizou pequenos testes em humanos e experimentos em ratos. Primeiro, 23 pessoas jejuaram por 12 horas e, em seguida, comeram refeições ou shakes ricos em proteínas.
Os participantes, que não praticavam exercícios, tiveram o sangue recolhido antes e depois do teste, de acordo com os dados.
Já na 2ª parte do estudo, os pesquisadores americanos alimentaram um grupo de ratos com uma dieta hiperproteica, contendo até 45% de suas calorias provenientes do macronutriente.
Assim como os humanos, o sangue dos roedores foi analisado antes e depois do experimento, segundo os pesquisadores.
Os resultados da Universidade de Pitsburgo mostraram que altos níveis de proteína ativam células imunológicas, o que aumenta os níveis de inflamação e o risco de placas nas artérias.
O líder da pesquisa, cardiologista Babak Razani, enfatizou que aumentar o consumo de proteínas pode gerar o acúmulo de placas que atrapalham o fluxo sanguíneo. Consequentemente, de acordo com os pesquisadores, aumentar o risco de problemas de saúde como o AVC.
“Em vez disso, é importante olhar para a dieta como um todo e sugerir refeições equilibradas que não exacerbam inadvertidamente as condições cardiovasculares, especialmente em pessoas com risco de doenças cardíacas e distúrbios vasculares”, disse Razani em entrevista ao site Daily Mail.