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Em almoço com empresários em Brasília, o governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou na quinta-feira (22) que as redes de saúde da capital, tanto pública quanto privada, entraram em colapso no atendimento em meio à explosão de casos de dengue.
Desde o dia 25 de janeiro, o Distrito Federal está em estado de emergência no âmbito da saúde pública em razão da doença, assim como outros estados do país.
“Os hospitais tanto da rede pública como da privada do DF já entraram em colapso. Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Com foco em reduzir esses impactos, nós publicamos ontem (21) um decreto ampliando o atendimento nas unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação. O momento é grave, mas nós ainda não chegamos no pico da epidemia. O que nós queremos agora é acolher a população da melhor maneira possível”, disse Ibaneis.
Os casos de dengue no DF em 2024, registrados até 17 de fevereiro, aumentaram 1.351,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Houve 84.151 ocorrências suspeitas da doença, das quais 81.408 são classificados como casos prováveis pela própria Secretaria de Saúde do DF. Em 2023, foram 5.484 casos prováveis de dengue.
O DF contabiliza 38 mortes por dengue, o maior número do Brasil, e há mais 72 casos em investigação. Como afirmou o governador Ibaneis, a situação ainda pode piorar já que, historicamente, o pico de casos da doença ocorre nos meses de março, abril e maio.
Na quarta (21), o governo do DF anunciou a contratação de 741 profissionais de saúde para reforçar o atendimento à população, sendo 200 médicos temporários e para o quadro efetivo: 180 técnicos de enfermagem, 156 enfermeiros, 115 agentes comunitários de saúde e 90 médicos especialistas.
A Secretaria de Saúde do DF também publicou chamamento para a instalação de mais 11 tendas de hidratação e atendimento a pacientes com dengue, que se somarão às nove já em funcionamento.