Saúde

Relembrar o passado com crianças pode aprimorar suas habilidades linguísticas, diz estudo

Falar sobre os “tempos antigos” pode ser a chave para aprimorar as habilidades linguísticas de uma criança em idade pré-escolar, de acordo com um estudo recente.

Pesquisadores descobriram que “lembrar eventos passados com crianças em idade pré-escolar apresenta um discurso de alta qualidade tão bom ou melhor do que compartilhar um livro ou brincar com brinquedos”.

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“A fala ao lembrar-se é caracterizada por frases mais longas e complexas do que falar em muitos outros ambientes”, explicou Erika Hoff, professora de psicologia da Universidade Atlântica da Flórida e autora principal do estudo. “Também é argumentado que lembrar-se é mais difundido como prática natural em todas as culturas e níveis socioeconômicos do que a leitura de livros”, acrescentou Hoff em um comunicado de imprensa da universidade.

No estudo, os pesquisadores observaram pais dinamarqueses interagindo com seus filhos de 3 a 5 anos, seja lembrando-se do passado, compartilhando um livro ilustrado sem palavras ou construindo com blocos de LEGO.

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A análise das transcrições das conversas nessas três atividades revelou como a fala dos pais diferia em cada uma, assim como quanto os filhos falavam em resposta aos pais. O ato de lembrar provocou um discurso de alta qualidade dos pais, tão bom quanto o de compartilhar livros, conforme indicam os resultados.

Além disso, em comparação com brincar com brinquedos, lembrar-se produziu um discurso dos pais mais complexo gramaticalmente e estimulou mais expressões por parte das crianças.

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Os pesquisadores não encontraram diferenças entre mães e pais em relação à fala compartilhada com as crianças ao se recordarem. O estudo destaca que a atividade compartilhada entre pai e filho realmente importa quando se trata de demonstrar linguagem, afirmaram os pesquisadores.

“Eu sugeriria aos pais que não é apenas importante passar tempo com seus filhos. O que você faz ao passar tempo com eles também é importante”, disse Hoff. “É bom reservar um tempo para ter uma conversa”, acrescentou. “Se você gosta de ler livros, leia livros. Se preferir falar sobre o planejamento do futuro ou discutir o passado, faça isso. Reserve um tempo para conversar com seus filhos”.

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Embora lembrar-se incentive os pais a usar uma linguagem rica e complexa, os pesquisadores alertaram que ainda observavam diferenças na fala dos pais relacionadas ao seu nível educacional.

Os pais mais educados rotulavam objetos e eventos com mais frequência, ofereciam um discurso gramaticalmente mais complexo e repetiam e ampliavam mais frequentemente as respostas fornecidas pelas crianças, de acordo com os resultados.

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“Lembrar-se é bom, mas não é uma solução mágica que fecha as lacunas sociais e educacionais”, disse Hoff. O novo estudo foi publicado recentemente no Journal of Applied Developmental Psychology.

Pesquisas futuras devem se concentrar em “formas de reduzir a disparidade na experiência linguística de crianças de famílias mais favorecidas e menos favorecidas”, acrescentou Hoff.

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“É bom encontrar atividades que enriqueçam a experiência linguística de todas as crianças, e todas as crianças se beneficiarão dessas experiências”, disse Hoff. “No entanto, não se pode esperar que tais atividades eliminem todas as diferenças na experiência das crianças”.

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