Saúde

Mais de Metade dos Países em Risco Elevado de Surto de Sarampo, Adverte OMS

Mais da metade dos países estão em risco elevado ou muito elevado de surtos de sarampo antes do final do ano, caso não sejam implementadas medidas preventivas, alertam os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS). O sarampo, uma das doenças mais contagiosas entre os seres humanos, especialmente afetando as crianças, pode causar sérios riscos à saúde pública.

O vírus é transmitido pelo ar, e 9 em cada 10 pessoas não imunizadas serão infectadas após a exposição, conforme dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Embora a maioria dos afetados se recupere, em populações com altos índices de desnutrição e falta de assistência médica adequada, o sarampo pode resultar em fatalidades em até 10% dos casos, destacando a importância crucial da vacinação.

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A América Latina está em alerta devido à entrada de pessoas infectadas viralmente de outras regiões, podendo gerar surtos significativos, conforme afirmou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Recentemente, casos foram confirmados no Peru e na Argentina, onde a diminuição da cobertura vacinal e o aumento global de casos de sarampo aumentam o risco de reintrodução do vírus no país.

A representante da OPAS na Argentina, Dra. Eva Jané Llopis, alertou sobre a diminuição da cobertura vacinal no país e a crescente ameaça de reintrodução do vírus. Em 2023, a cobertura de vacinação na América para a primeira dose contra o sarampo foi de 85%, abaixo do ideal recomendado de pelo menos 95%.

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O risco de surtos é particularmente alto na Argentina, que se encontra entre os três países com maior probabilidade de epidemias, juntamente com Venezuela e Haiti, alertou a Dra. Silvia González Ayala, presidente da Sociedade Argentina de Infectologia Pediátrica.

Além disso, é importante destacar que entre os 10 países com maiores surtos de sarampo, estão o Iêmen, Índia, Federação Russa, Iraque, Paquistão e Indonésia. Em 2023, mais de 58.000 pessoas em 41 países europeus e da Ásia Central foram infectadas, resultando em milhares de hospitalizações e 10 mortes relacionadas à doença.

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O sarampo, que afeta principalmente as crianças devido à imunidade imatura, pode causar complicações graves, como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções do ouvido e problemas respiratórios graves, incluindo pneumonia.

A prevenção de surtos de sarampo exige uma abordagem abrangente, incluindo vacinação, vigilância e comunicação eficazes. A Argentina possui um sistema de vacinação obrigatória e gratuita em todos os postos de vacinação e hospitais públicos, com duas doses da vacina Triple Viral administradas aos 12 meses e no início escolar.

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É fundamental conscientizar a comunidade sobre o alto risco de surtos e promover a importância da vacinação. A Dra. Ángela Gentile, presidente da Comissão Nacional de Imunizações, destaca a necessidade de vigilância epidemiológica eficiente para detectar casos oportunamente e responder rapidamente a surtos. A cooperação da comunidade e profissionais de saúde é essencial para manter a eliminação do sarampo na Argentina.

De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, o Brasil recebeu em 2016 a certificação da eliminação do vírus. Nos anos de 2016 e 2017 não foram confirmados casos da doença, no entanto, em 2018 o vírus voltou a circular, e em 2019, após um ano de franca circulação do vírus, o Brasil perdeu a certificação de “país livre do vírus do sarampo”, dando início a novos surtos da doença.

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Nos anos de 2018 a 2022 foram confirmados 9.325, 20.901, 8.100, 676 e 44 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que  confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no estado do Amapá, em 05/06/2022.

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