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A cidade de São Paulo está a um passo de um cenário preocupante: a epidemia de dengue. Segundo dados oficiais, a taxa de incidência da doença já é de 295 casos para cada 100 mil habitantes, beirando o limite epidêmico de 300 casos estabelecido pela OMS.
Em comparação com o ano anterior, o crescimento é alarmante: um aumento de 1.668% nos casos de dengue na capital paulista. De 2003 casos nas dez primeiras semanas de 2023, o número saltou para 35.417 no mesmo período de 2024. As mulheres entre 20 e 49 anos representam o grupo mais vulnerável à doença.
No estado de São Paulo, a situação é ainda mais grave: 558.475 casos notificados, com 224.945 confirmados e 106.190 em investigação. Já foram registrados 72 óbitos e outros 186 estão sob investigação. Diante da calamidade, o governo estadual decretou estado de emergência no dia 5 de março, abrangendo 44 municípios.
O médico infectologista Evaldo Stanislau aponta as causas para a explosão de casos:
- Mudanças climáticas: o calor e a umidade intensos, intensificados pelo El Niño, favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
- Falta de imunidade: novas gerações não tiveram contato com o vírus da dengue, enquanto pessoas mais velhas possuem imunidade natural devido a surtos anteriores.
- Ciclo natural da dengue: a doença tende a apresentar crescimento periódico.