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Os médicos estão aconselhando seus pacientes a incorporar mais peixes selvagens em sua dieta, como cavala, anchova e arenque, que frequentemente são utilizados na alimentação de salmão criado em cativeiro. Estes peixes oleosos são ricos em nutrientes essenciais, incluindo cálcio, B12 e ômega-3, que são perdidos quando apenas o filé de salmão é consumido.
Uma pesquisa recente revelou que a produção de salmão em cativeiro resulta em uma perda geral de nutrientes essenciais na dieta. Os cientistas afirmam que o consumo direto de espécies de peixes selvagens usadas na alimentação dos salmonicultores pode beneficiar a saúde humana e reduzir a demanda por recursos marinhos finitos pela aquicultura.
O estudo, publicado na revista Nature Food, analisou o fluxo de nutrientes das espécies de peixes selvagens utilizadas como alimento para o salmão criado em cativeiro. Os pesquisadores descobriram uma diminuição em seis dos nove nutrientes essenciais no filé de salmão, incluindo cálcio, iodo, ferro, ômega-3, vitamina B12 e vitamina A, mas um aumento nos níveis de selênio e zinco.
A pesquisa ressalta que a maioria das espécies de peixes selvagens utilizadas como alimento apresenta uma densidade e variedade de micronutrientes semelhantes ou maiores do que os filés de salmão criados em cativeiro. Isso sugere que a inclusão de uma variedade maior de peixes selvagens na dieta pode ser benéfica para a saúde humana.
No entanto, apesar da importância nutricional dos peixes selvagens, dados do Reino Unido mostram que apenas uma pequena parcela da população consome regularmente essas espécies, com uma prevalência muito maior de consumo de salmão. Os pesquisadores destacam a necessidade de incentivar o consumo de uma variedade mais ampla de peixes selvagens para maximizar a ingestão de nutrientes essenciais.
Os especialistas enfatizam que a indústria da aquicultura precisa adotar medidas para melhorar a retenção de nutrientes essenciais na alimentação do salmão criado em cativeiro. Isso poderia ser alcançado por meio de estratégias como o uso mais eficiente de ingredientes na alimentação, incluindo subprodutos da pesca e peixes industriais obtidos de forma sustentável.
Além disso, os pesquisadores sugerem a implementação de uma métrica de retenção de nutrientes pela indústria pesqueira e de aquicultura, a fim de promover uma produção mais eficiente e sustentável. Eles acreditam que essa abordagem poderia ajudar a reduzir o impacto sobre os estoques pesqueiros, ao mesmo tempo em que melhora a saúde pública e a sustentabilidade dos oceanos.