Saúde

Brasil inicia estratégia para ampliar oferta de terapias gênicas no SUS

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Fiocruz firmou acordos para iniciar sua Estratégia para Terapias Avançadas, que visa baratear e ampliar a oferta de terapias gênicas pelo SUS. O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde. As terapias gênicas combatem doenças como câncer, doenças autoimunes, aids e síndromes genéticas. Há 15 tratamentos com autorização da Anvisa no Brasil e centenas em estudo no mundo.

O problema é o custo: uma terapia para a distrofia muscular de Duchenne pode custar R$ 15 milhões. Estima-se que, nos próximos cinco anos, serão gastos entre R$ 4 bilhões e R$ 14,5 bilhões por ano nesses tratamentos.

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A oferta em unidades privadas é inacessível para a maioria das pessoas. Já a oferta gratuita pelo SUS é muito cara para os cofres públicos.

A Fiocruz, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-manguinhos), pretende desenvolver e oferecer terapias gênicas a um custo de cerca de 10% do que é gasto hoje.

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O desenvolvimento inicial terá o apoio da Caring Cross, que fará transferência de tecnologia ao instituto brasileiro.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirma que a orientação é que as terapias desenvolvidas pela Fiocruz sejam incorporadas ao SUS. “Há uma redução, em dez vezes, do custo dos tratamentos hoje disponíveis. O que significa multiplicar por dez o acesso a essa terapia”, disse ela.

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O primeiro projeto da Estratégia para Terapias Avançadas envolve a reprogramação de células de defesa do organismo para combater alguns cânceres hematológicos. Será uma parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O pesquisador do Inca Martin Bonamino explica que o processo consiste em reeducar a célula. “A gente coleta as células do paciente e, em laboratório, a gente vai fazer uma modificação genética nelas, colocando um gene que leva à expressão de uma proteína que vai fazer essa célula passar a reconhecer essas células tumorais”, disse ele.

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A terapia CAR-T consiste em inserir, em linfócitos T (células de defesa) dos pacientes, lentivírus que carregam um gene específico para combater o tumor. Com o novo gene, o linfócito torna-se mais eficaz em encontrar o câncer no corpo e reconhecê-lo como algo a ser eliminado.

Para esse tratamento específico, cujo custo está em torno de R$ 2 milhões, existe a possibilidade de que o valor caia para R$ 200 mil.

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Os testes clínicos para validação da terapia da Fiocruz e do Inca deverão ser realizados a partir do fim deste ano, nos Estados Unidos e no Brasil.

Com a terapia validada, a ideia é que sejam instalados laboratórios em módulos de contêineres, que poderão ser instalados em hospitais de vários lugares do Brasil, possibilitando a descentralização da realização desses tratamentos.

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O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, explica que a Fiocruz vai aproveitar o conhecimento adquirido durante a pandemia de covid-19 para fazer a produção do lentivírus.

Segundo a ministra Nísia Trindade, o barateamento das terapias gênicas beneficiará não apenas o Brasil, mas também poderá ajudar outros países da América Latina e da África.

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