Um estudo recente apresentado durante as Sessões Científicas do American College of Cardiology revelou que a interrupção do uso de aspirina um mês após o implante de stent coronário pode significativamente diminuir as complicações hemorrágicas em pacientes que sofreram ataque cardíaco.
Os resultados do estudo, chamado ULTIMATE-DAPT, mostraram que a retirada da aspirina após um mês da intervenção coronária percutânea (ICP) e a manutenção apenas do uso de ticagrelor reduziu o sangramento grave em mais da metade quando comparado à terapia antiplaquetária dupla (TAPD) – uso combinado de aspirina e ticagrelor -, que é o tratamento padrão atual.
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“Este estudo demonstrou que a retirada da aspirina em pacientes com ataque cardíaco recente um mês após a ICP é benéfica, pois reduz sangramentos maiores e menores ao longo de um ano em mais de 50 por cento. Além disso, não houve aumento de eventos isquêmicos adversos, o que significa que a continuação da aspirina estava causando prejuízos sem proporcionar qualquer benefício”, explicou Gregg W. Stone, co-presidente do estudo ULTIMATE-DAPT.
O estudo envolveu 3.400 pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA) em 58 centros de quatro países, que foram submetidos à ICP e receberam ticagrelor e aspirina após o procedimento. Após um mês, metade dos pacientes teve a aspirina retirada e foi administrado um placebo, enquanto a outra metade continuou com a aspirina.
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Os resultados mostraram uma redução de 55% na incidência de eventos hemorrágicos graves nos pacientes que tiveram a aspirina retirada após um mês, em comparação com aqueles que mantiveram a terapia antiplaquetária dupla.