Saúde

Como Lidar com Cólicas, Regurgitação e Constipação em Bebês

Foto de Katie Smith na Unsplash

A angústia e a preocupação dos pais diante do choro inconsolável de seus bebês são sentimentos universais. Quando esse choro é acompanhado por cólicas, regurgitações e constipação, a situação torna-se ainda mais desafiadora. Estas são algumas das manifestações dos Distúrbios Gastrointestinais Funcionais (DGF) mais comuns em bebês com menos de 6 meses, impactando não só a qualidade de vida dos pequenos, mas também a dos seus cuidadores.

Especialistas apontam que metade dos bebês em aleitamento enfrentam pelo menos um desses distúrbios, que, embora não estejam ligados a alterações estruturais ou doenças orgânicas, requerem uma avaliação pediátrica precisa para seu manejo.

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“Cólicas, regurgitação e constipação funcional são alguns dos vilões que assolam os bebês nos primeiros meses de vida”, explica a Dra. Silvina Balbarrey, médica pediatra gastroenterologista. Cólicas, afetando cerca de 20% dos lactentes, são episódios intensos de choro inconsolável, frequentemente ocorrendo durante as tardes e noites e sem uma causa aparente. Já a regurgitação, que atinge cerca de 30% dos bebês, envolve o retorno involuntário do conteúdo gástrico até a boca ou nariz do bebê, mais comum entre 2 e 4 meses de idade. E a constipação funcional, afetando 15% dos lactentes, é caracterizada pela retenção voluntária de fezes devido ao desconforto ao evacuar, o que representa um desafio adicional para pais e cuidadores.

A Dra. Ingrid Gerold, médica pediatra e especialista em microbiota, ressalta a importância da avaliação médica, uma vez que o diagnóstico desses desconfortos é clínico. Ela enfatiza a necessidade de manter a amamentação materna sempre que possível, destacando seus inúmeros benefícios para o desenvolvimento digestivo e intestinal do bebê. No entanto, quando os sintomas persistem, é crucial considerar outras condições, como alergia à proteína do leite de vaca, e adotar medidas específicas, como uma dieta de exclusão para mães que amamentam.

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Para casos mais graves, pediatras e especialistas podem recomendar fórmulas infantis especiais projetadas para o tratamento desses distúrbios. Infelizmente, questões de acesso a essas fórmulas surgem, com denúncias de negação ou atraso na sua disponibilização por parte de algumas instituições de saúde. A Dra. Gerold destaca a importância de orientar os pais sobre medidas que possam reduzir os sintomas e evitar fatores predisponentes. Em situações persistentes, a mudança para fórmulas infantis extensamente hidrolisadas ou anti-refluxo pode ser considerada.

Em suma, o manejo eficaz desses distúrbios requer uma abordagem multidisciplinar, que valorize a avaliação médica adequada, a promoção da amamentação materna e, quando necessário, o acesso a fórmulas infantis especializadas, garantindo o bem-estar tanto dos bebês quanto de seus cuidadores.

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