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Especialistas do Ministério da Saúde estão debatendo nesta semana estratégias de preparação e resposta para uma próxima epidemia de dengue e outras arboviroses que podem atingir o Brasil. O enfoque da análise ministerial é do biênio 2024/2025, período crítico em que se espera um aumento significativo nos casos dessas enfermidades.
O planejamento abarcará uma gama de áreas vitais, incluindo vigilância em saúde, gestão clínica, organização dos serviços de saúde, controle vetorial, identificação de lacunas de conhecimento que requerem investimento em pesquisa, bem como estratégias de comunicação e mobilização social.
Estas medidas serão concebidas para serem implementadas em diversas fases, abrangendo tanto ações de curto prazo, destinadas a conter surtos imediatos, quanto medidas de médio e longo prazo para fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde diante dessas enfermidades.
Uma vez delineado o plano, será essencial pactuar as estratégias com os estados e municípios, garantindo uma abordagem coordenada e eficaz em todo o território nacional.
Os debates contam com a participação de uma gama diversificada de especialistas em arboviroses, que incluem gestores, pesquisadores e técnicos dos níveis estadual e municipal, além de representantes do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O Ministério da Saúde destaca que a dengue segue um padrão sazonal, com um aumento acentuado nos casos e risco de epidemia, especialmente nos meses que vão de outubro a maio. No entanto, ressalta a importância dos cuidados para combater essa doença durante todo o ano, com especial atenção nos meses anteriores ao período das chuvas.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério, 24 estados e o Distrito Federal apresentam uma queda na incidência de dengue, enquanto o Maranhão e Mato Grosso mantêm uma tendência estável de casos da doença.
Os dados revelam que o país já contabiliza, somente este ano, um total de 4.797.362 casos prováveis de dengue, com uma média de 2.362,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, incluindo 53.660 casos graves ou com sinais de alarme. Além disso, há 2.576 óbitos confirmados pela doença, com outros 2.628 em fase de investigação.