Saúde

SUS amplia acesso a medicamentos para anemia falciforme

O Ministério da Saúde (MS) anunciou a inclusão de dois novos medicamentos para o tratamento da doença falciforme no Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo-os gratuitamente aos pacientes. Os medicamentos, alfaepoetina e hidroxiureia, têm um custo que pode chegar a R$ 200 no mercado. A previsão é que esses medicamentos estejam disponíveis em até 180 dias após a incorporação.

A alfaepoetina será destinada a pacientes com declínio da função renal e agravamento da anemia. Já a hidroxiureia, em sua apresentação de 100 mg, será disponibilizada para pacientes com pelo menos 9 meses de idade. A versão ampliada de 500 mg será oferecida a pacientes entre 9 e 24 meses sem sintomas e complicações.

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A doença falciforme é uma enfermidade genética prevalente no Brasil e no mundo, com alta concentração de diagnósticos e óbitos entre pessoas pardas e pretas. Em 2023, havia 14.620 pacientes em tratamento através das Farmácias do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do SUS.

Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), ressaltou a importância do anúncio: “É um grande marco para a questão da anemia falciforme, uma doença em que cerca de 80% dos diagnósticos estão relacionados à população negra, sendo 52% desses em mulheres. E, ainda mais nesta semana em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas.”

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Entre 2014 e 2020, nasceram 4 casos de doença falciforme a cada 10 mil nascidos no Brasil, com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 1,12 por 100.000 habitantes.

Marco Pereira, diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, destacou a importância da inclusão desses medicamentos: “O Ministério da Saúde toma uma decisão importantíssima. A alfaepoetina era um medicamento que ainda não estava disponível para anemia falciforme no SUS, assim como a hidroxiureia na apresentação de 100 mg. Com isso, a assistência farmacêutica amplia o acesso e direciona o olhar de forma mais cuidadosa para essas crianças, considerando principalmente os grupos que mais precisam de uma atenção especial.”

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A doença falciforme é uma condição genética hereditária causada por uma mutação no gene da hemoglobina (HbA), resultando na hemoglobina S (HbS). A mutação é recessiva e requer que ambos os pais possuam o gene. O diagnóstico é frequentemente realizado pelo “teste do pezinho” durante a triagem neonatal.

Quando o diagnóstico é tardio, pode ser confirmado através da eletroforese de hemoglobina, um exame de sangue disponível na rede pública e oferecido às gestantes e seus parceiros durante o pré-natal.

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Os sintomas da doença falciforme começam no primeiro ano de vida e podem afetar quase todos os órgãos e sistemas. A anemia falciforme altera o formato das hemácias, prejudicando a circulação e o fornecimento de oxigênio. Pacientes podem enfrentar crises de dor, icterícia, anemia, infecções, síndrome mão-pé, AVC, priapismo, síndrome torácica aguda, e complicações renais e oculares.

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