Saúde

Ministério da Saúde investiga oito casos de transmissão vertical de Oropouche

Foto: Scott Bauer/Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture/Divulgação

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O Ministério da Saúde está investigando pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche, uma infecção que é passada da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto.

Esses casos estão sendo analisados em Pernambuco, Bahia e Acre. Segundo o ministério, metade dos bebês afetados nasceu com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade não sobreviveu.

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Nesta segunda-feira (12), a Secretaria de Saúde do Ceará comunicou que investiga a morte de um feto que pode estar associada à infecção pelo vírus Oropouche. De acordo com a secretária estadual de Saúde, Tânia Coelho, o óbito ocorreu no último fim de semana.

A gestante, de 40 anos, residente em Baturité, foi atendida no município de Capistrano. Tânia Coelho ressaltou que 60% das doenças infecciosas em humanos são zoonoses, transmitidas por animais, como mosquitos, e enfatizou a necessidade de um plano de ação para lidar com essas doenças.

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Na quinta-feira (8), o Ministério da Saúde confirmou, no Acre, um caso de um bebê que nasceu com anomalias congênitas devido à transmissão vertical da febre do Oropouche. Em nota, a pasta relatou que o recém-nascido faleceu na semana anterior, aos 47 dias de vida.

A mãe, de 33 anos, havia apresentado erupções cutâneas e febre durante o segundo mês de gravidez. Após o parto, exames laboratoriais confirmaram a presença do vírus Oropouche. Testes conduzidos pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, identificaram material genético do vírus em vários tecidos do bebê, que nasceu com microcefalia, malformações articulares e outras anomalias congênitas. A análise descartou outras hipóteses diagnósticas.

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Apesar desses achados, o ministério destacou que a relação direta entre a transmissão vertical da febre do Oropouche e as anomalias congênitas ainda requer uma investigação mais aprofundada, que está sendo acompanhada pelo governo federal e pela Secretaria de Saúde do Acre.

A febre do Oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por conta da preferência do inseto por materiais orgânicos, recomenda-se que a população mantenha os quintais limpos, evite o acúmulo de folhas e lixo orgânico e utilize roupas compridas e sapatos fechados em áreas com alta presença de insetos.

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De acordo com dados do Ministério da Saúde, até o dia 6 de agosto, foram registrados 7.497 casos de febre do Oropouche em 23 estados, com a maior concentração de casos no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, foram confirmadas duas mortes na Bahia, e um óbito em Santa Catarina está sob investigação.

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